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Queda da arrecadação em parte é da economia e em parte é estrutural, diz Campos Neto

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira, 15, que a forte queda na arrecadação federal - já alertada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad - tem relação com a perda de ritmo da economia, mas também está relacionada a

Eduardo Rodrigues e Fernanda Trisotto (via Agência Estado)

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Escrito por Eduardo Rodrigues e Fernanda Trisotto (via Agência Estado)
Publicado em 15.08.2023, 16:02:00 Editado em 15.08.2023, 16:08:03
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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira, 15, que a forte queda na arrecadação federal - já alertada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad - tem relação com a perda de ritmo da economia, mas também está relacionada a mudanças estruturais no consumo após a pandemia de covid-19.

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"A saída do consumo de bens para serviços após a pandemia tem efeito na arrecadação. Uma das distorções do atual sistema tributação é que a cobrança é mais concentrada em bens que em serviços", afirmou Campos Neto, em evento na sede da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE),

Questionado pelos parlamentares, Campos Neto argumentou que o BC não tem nenhuma preferência por manter os juros altos, tanto que reduziu a Selic para o piso histórico de 2,00% ao ano no auge da pandemia. "(A Selic alta) é um remédio amargo, mas agora abrimos um espaço para redução construído por todos: Congresso, governo e BC. Para essa queda de juros ser mais longa e estável, é preciso endereçar fiscal", completou.

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Mais uma vez, ele apoiou as medidas de arrecadação propostas por Haddad para zerar o déficit primário do governo em 2024. "Ninguém quer ter mais impostos, mas precisamos equilibrar as contas", afirmou. Ao mesmo tempo, negou qualquer intenção de se taxar o Pix, "O BC não tem nenhuma previsão de cobrar no Pix, mas não manda no governo inteiro", reiterou.

Por fim, Campos Neto repetiu a avaliação de que o aumento do crédito direcionado reduz a potência da política monetária, exigindo um patamar mais alto da Selic. "O BNDES deve estar onde mercado não está, mas muito crédito direcionado entope o canal de transmissão da política monetária", concluiu.

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