O Banco Central (BC) repetiu no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) as estimativas de inflação para anos de 2023 e 2024 no cenário de referência, divulgadas no comunicado e na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês. A autoridade trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2025.
A projeção do BC para o IPCA deste ano é de 5,8% para este ano, enquanto em 2024 é de 3,6%. Para 2025, a estimativa é de 3,2%.
O cenário de referência utiliza juros conforme o Relatório de Mercado Focus e o câmbio atualizado de acordo com a Paridade do Poder de Compra (PPC). Além disso, considera que o preço do barril de petróleo deve seguir aproximadamente a curva futura nos próximos seis meses, subindo 2% ao ano na sequência. Para a bandeira tarifária de energia, a hipótese considerada é amarela no final de 2023 e 2024.
A estimativa de 2023 segue acima da margem de tolerância da meta, de 4,75%, indicando o terceiro ano consecutivo de estouro. Para 2024, a projeção do BC supera o alvo central de 3,00%, mas está dentro da banda que vai até 4,5%. Para 2025, a meta é igual à do ano anterior. Atualmente, o Copom considera os anos de 2023 e - com maior peso - 2024 no horizonte relevante da política monetária.
No último Boletim Focus, as medianas estavam em 5,93% para 2023, 4,13% para 2024 e 4,00% para 2025.
Estouro da meta
Após o IPCA estourar as metas de 2021 e 2022, o Banco Central informou que, em seu cenário de referência, a probabilidade de a inflação de 2023 ficar mais uma vez acima do teto, de 4,75%, está em 83%. A chance era de 57% no último RTI, em dezembro.
Já a probabilidade de a inflação ficar abaixo do piso da meta em 2023, de 1,75%, é zero. O centro da meta deste ano é de 3,25%. Em 2024, a probabilidade de estouro do teto de 4,50% foi atualizada de 14% para 26%. Já de estouro do piso de 1,50% é de 6%, ante 14% no último documento. O alvo central do próximo ano é de 3,00%.
O horizonte relevante do Comitê de Política Monetária (Copom) atualmente considera os anos de 2023 e - com mais peso - 2024.
Em relação a 2025, a probabilidade de estouro do teto de 4,50% da meta é de 17%, contra 11% no RTI de dezembro. Já a possibilidade de estouro do piso de 1,50% da meta passou de 17% para 11%. O centro da meta de 2025 também é de 3,00%.
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