O Boletim Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 27, mostrou novo avanço no cenário de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. A mediana para a alta do PIB em 2023 passou de 0,80% para 0,84%, contra 0,80% há um mês. Considerando apenas as 76 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2023, por sua vez, cedeu de 0,97% para 0,90%.
Apesar de não ter sido divulgado ainda, o PIB de 2022 não faz mais parte do boletim. Para 2024, o Relatório Focus mostrou estabilidade na perspectiva de crescimento do PIB em 1,50%, mesma projeção de um mês atrás.
Para 2025, a mediana seguiu em 1,80%, contra 1,89% de quatro semanas antes. O Boletim ainda trouxe a estimativa para 2026, que está em 2,00% há 50 semanas.
Déficit primário
A projeção para o déficit primário em 2023 melhorou no Boletim Focus, de 1,05% para 1,03% do PIB, de 1,10% quatro semanas antes. Para o déficit nominal este ano, a mediana continuou em 7,85% na última semana, contra 8,45% do PIB há um mês.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.
Em relação ao indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2023, a estimativa caiu de 61,50% para 61,23% do PIB, de 61,40% há um mês.
Para 2024, a projeção para o rombo primário continuou em 0,80% do PIB, enquanto o déficit nominal previsto variou de 7,17% para 7,20% do PIB. Há um mês, os porcentuais eram de 1,00% e 7,15% do PIB, nessa ordem.
No caso da dívida, a estimativa foi mantida em 64,00% do PIB, de 64,39% quatro semanas antes.
Balança comercial
Os economistas do mercado financeiro reduziram a expectativa para o superávit da balança comercial em 2023 e 2024 no Boletim Focus. Para este ano, a projeção cedeu de US$ 57,85 bilhões para US$ 57,35 bilhões, contra US$ 57,60 bilhões há um mês. Para 2024, a mediana passou de US$ 56,75 bilhões para US$ 54,50 bilhões, de US$ 52,40 bilhões há quatro semanas.
Em relação à estimativa de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos para 2023, a mediana deficitária continuou em US$ 50,00 bilhões, de US$ 46,00 bilhões um mês atrás. Para o ano que vem, a estimativa seguiu em US$ 50,25 bilhões, de US$ 45,00 bilhões há quatro semanas.
Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o rombo em transações correntes neste e no próximo ano. A mediana das previsões para o IDP em 2023 permaneceu em US$ 80,00 bilhões, mesmo valor esperado há quatro semanas. Para 2024, a estimativa também foi mantida em US$ 80,00 bilhões, repetindo a mediana de um mês antes.
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