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Projeção do Focus de alta do PIB 2023 segue em 2,92%; previsão para PIB 2024 segue em 1,51%

O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 18, pelo Banco Central manteve a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. A mediana para a alta da atividade em 2023 seguiu em 2,92%, contra 2,85% há um mês. Considerando apenas as 36 respostas

Eduardo Rodrigues (via Agência Estado)

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Escrito por Eduardo Rodrigues (via Agência Estado)
Publicado em 18.12.2023, 09:06:00 Editado em 18.12.2023, 09:10:59
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O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 18, pelo Banco Central manteve a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. A mediana para a alta da atividade em 2023 seguiu em 2,92%, contra 2,85% há um mês. Considerando apenas as 36 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2023 passou de 2,94% para 2,97%. Para 2024, o Relatório Focus também trouxe manutenção na estimativa de crescimento do PIB de 1,51%, ante 1,50% de um mês atrás. Considerando as 35 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2024 passou de 1,52% para 1,60%. Em relação a 2025, a mediana também seguiu em 2,00%, ante 1,93% de quatro semanas antes. O boletim ainda trouxe a estimativa de crescimento para 2026, que se manteve em 2,00%, mesmo nível de um mês atrás. O Ministério da Fazenda revisou em novembro sua projeção para o crescimento do PIB deste ano de 3,2% para 3,0%. Já no Banco Central, a estimativa atual é de 2,9%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro. O Boletim Focus trouxe estabilidade na projeção para o endividamento público, mas nova piora na previsão de rombo primário neste ano. A estimativa para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2023 seguiu em 61,00%, ante 60,83% de um mês atrás. Para o déficit primário em relação ao PIB neste ano, a mediana passou de 1,20% para 1,30%, contra 1,10% de um mês antes. O Ministério da Fazenda buscava entregar um resultado deficitário de 1,0% do PIB em 2023, mas o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, admitiu em novembro que o déficit primário "provável" deste ano deve ficar em torno de 1,32% do PIB, acima da linha. Segundo ele, pela metodologia do Banco Central, abaixo da linha, o déficit deve ficar entre 1,6% e 1,7% do PIB. A estimativa do Focus para o déficit nominal este ano também piorou, de 7,80% para 7,90% do PIB, ante 7,60% de um mês atrás. O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

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2024

Para o próximo ano, a estimativa para a dívida líquida passou de 64,10% para 64,20% do PIB, ante 63,88% de quatro semanas antes. Já o déficit primário esperado para 2024 passou de 0,76% para 0,80% do PIB. O déficit nominal projetado na Focus se manteve em 6,80% do PIB. Há um mês, os porcentuais eram de 0,80% e 6,81%, respectivamente. No fim de agosto, o governo apresentou o projeto de lei orçamentária de 2024 ao Congresso. A peça prevê superávit de R$ 2,8 bilhões em 2024 (0% do PIB), mas depende da arrecadação de R$ 168,5 bilhões em medidas extras, entregues ao Parlamento junto com o Orçamento. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já avisou que o governo "dificilmente chegará à meta zero", até porque o chefe do Executivo "não quer fazer cortes em investimentos e obras".

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