O primeiro-ministro da China, Li Qiang, disse nesta quinta-feira (30) que a recuperação da segunda maior economia do mundo ganhou força em março e buscou tranquilizar empresas estrangeiras sobre o compromisso de Pequim de abrir o país para o mundo.
Qiang falou a uma plateia de empresários e políticos, num momento em que o governo chinês tenta restaurar a confiança das indústrias e dos consumidores após controles anticovid que mantinham a China isolada serem abandonados de forma abrupta, em dezembro.
A economia mostrou "encorajador ímpeto de recuperação" em janeiro e fevereiro, disse Li durante o Fórum Boao para a Ásia, na ilha de Hainan. "A situação em março é ainda melhor", afirmou, ressaltando que o consumo e o investimento aumentaram e "as expectativas do mercado melhoraram".
No primeiro bimestre de 2023, as vendas no varejo da China tiveram expansão anual de 3,5%, recuperando-se de uma contração de 1,8% em dezembro, segundo dados oficiais recentes. Também no bimestre, os gastos em restaurante cresceram 9,2%. Já o avanço nos investimentos em imóveis e outros ativos fixos acelerou de 5,1% em dezembro para 5,5% nos primeiros dois meses do ano.
A plateia de Li incluiu os primeiros-ministros de Cingapura, Lee Hsien Loong, da Espanha, Pedro Sánchez, e da Malásia, Anwar Ibrahim, além da diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.
Ex-secretário do Partido Comunista em Xangai, Li assumiu como premiê no último dia 11, numa remodelação do governo em que partidários do presidente chinês, Xi Jinping, foram nomeados para impor sua visão de controle político mais rígido sobre a economia e a sociedade.
Li tentou amenizar o desconforto gerado pelo crescente domínio do Estado na economia e por tensões com os EUA em questões como segurança, tecnologia e comércio.
"Não importa como a situação mundial possa evoluir, continuaremos comprometidos com reformas, abertura e desenvolvimento conduzido pela inovação", disse Li. "Damos as boas-vindas a países de todo o mundo para compartilhar as oportunidades e benefícios que vêm com o desenvolvimento da China," acrescentou. Fonte: Associated Press.
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