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Presidente global da Telefónica pede aval para teles se consolidarem na Europa

O presidente do Grupo Telefónica, Marc Mutra, defendeu, nesta segunda-feira, 3, que as operadoras de telecomunicações na Europa ganhem aval para fundir seus negócios e fazer frente ao que classificou como uma "dominância" das big techs dos Estados Unidos

Circe Bonatelli* (via Agência Estado)

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Escrito por Circe Bonatelli* (via Agência Estado)
Publicado em 03.03.2025, 09:25:00 Editado em 03.03.2025, 09:33:44
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O presidente do Grupo Telefónica, Marc Mutra, defendeu, nesta segunda-feira, 3, que as operadoras de telecomunicações na Europa ganhem aval para fundir seus negócios e fazer frente ao que classificou como uma "dominância" das big techs dos Estados Unidos e da China que estão dominando os mercados globais. "Acreditamos que é hora de as grandes empresas de telecomunicações europeias terem permissão para se consolidar e crescer para criar capacidade tecnológica", pleiteou Murtra.

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A declaração do presidente global da espanhola Telefónica (dona da Vivo, no Brasil) veio logo no discurso de abertura da principal feira de telecomunicações do mundo, o Mobile World Congress (MWC), realizado anualmente em Barcelona. A fala de Murtra reforça o embate vivido nos últimos anos na indústria.

De um lado, as teles têm enfrentado dificuldade para ampliar a receita e lidar com o volume crescente de investimentos na cobertura e nas novas gerações de internet, como o 5G. Do outro lado estão as big techs, como Meta (dono do Facebook, Instagram e Whatsapp), Alphabet (Google), Amazon, Alibaba (Aliexpress), Bytedance (TikTok), entre outras, que faturam alto com seus serviços e são as principais responsáveis pelo tráfego nas redes de internet construídas pelas teles.

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"Estamos em uma nova era em que empresas tecnológicas titânicas estão impulsionando mudanças bruscamente. Essas gigantes trabalham como agentes dominantes em mercados quase monopolistas, têm profundo conhecimento e são capazes de investir de forma inteligente grandes quantias de capital para desenvolver tecnologias disruptivas, com know-how contraintuitivo. Todas essas empresas estão sediadas nos EUA e na China", apontou Murtra, sem citar nomes, entretanto.

O presidente da multinacional espanhola criticou a regulamentação considerada excessiva e fragmentada para telecomunicações na Europa e os retornos "insuficientes" dos investimentos das teles nas redes. Isso tem feito as operadoras "ficarem para trás em termos de tecnologia", argumentou Murtra.

"A Comissão Europeia, os estados-membros e os reguladores devem adaptar sua regulamentação para permitir a consolidação tecnológica e de telecomunicações. Se isso não acontecer, achamos que a posição da Europa no mundo continuará a diminuir e não terá a capacidade de decidir seu futuro de forma autônoma", enfatizou. Segundo ele, a Telefónica quer estar na ponta ativa da consolidação.

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Na América Latina, a Telefónica tem vendido suas operações em vários países. A última venda foi do negócio na Argentina, em fevereiro. O grupo já declarou várias vezes que tem como estratégia se concentrar nos maiores mercados, que Brasil, Espanha, Reino Unido e Alemanha.

*O jornalista viajou a Barcelona para cobrir a MWC a convite da Huawei

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