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Presidente da Qualcomm diz que Brasil precisa de menos regulação para avançar em inovação

O presidente da Qualcomm para a América Latina, Luiz Tonisi, defendeu a criação de um ambiente regulatório mais favorável à inovação no Brasil, destacando a necessidade de investimentos em capital humano e financeiro para que o País avance como criador -

Leandro Silveira, Eduardo Laguna e Francisco Carlos de Assis (via Agência Estado)

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Escrito por Leandro Silveira, Eduardo Laguna e Francisco Carlos de Assis (via Agência Estado)
Publicado em 07.06.2025, 13:51:00 Editado em 07.06.2025, 14:00:24
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O presidente da Qualcomm para a América Latina, Luiz Tonisi, defendeu a criação de um ambiente regulatório mais favorável à inovação no Brasil, destacando a necessidade de investimentos em capital humano e financeiro para que o País avance como criador - e não apenas consumidor - de tecnologia. A fala ocorreu durante o Fórum Esfera, neste sábado, 1.

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"Se regula, você não inova", disse Tonisi, ao criticar projetos de lei em tramitação que, segundo ele, podem acabar engessando a inovação no País. O executivo mencionou experiências internacionais, como as dos Estados Unidos e da China, onde, segundo ele, o Estado interfere menos nas decisões tecnológicas das empresas. "O Estado tenta, cada vez menos, interferir no que você está criando de tecnologia."

Tonisi revelou que a Qualcomm investe entre 20% e 25% de seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento, o equivalente a US$ 10 bilhões por ano. "Com isso, nós somos hoje, dependendo do mês, a primeira ou segunda empresa em número de patentes no mundo", afirmou. "Faturamos em torno de US$ 6 bilhões por ano apenas com licenciamento dessas patentes."

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Para o executivo, a inovação também passa por um desafio estrutural na formação de profissionais no Brasil. "O Brasil forma de 30 a 40 mil engenheiros por ano. A Índia forma 200 mil, e a China, entre 600 e 650 mil", comparou. "Ou seja, temos um déficit de pessoas para inovar."

Além do gargalo na formação técnica e da regulamentação considerada por ele excessiva, Tonisi apontou uma limitação estrutural no direcionamento econômico do País. "A matriz econômica brasileira não é voltada para esse capital. Pensamos mais no meio físico: exportamos minério, petróleo, frutas. Mas não exportamos tecnologia. Somos um grande consumidor, não um grande criador."

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