As quedas nos preços dos alimentos já contribuem por três meses consecutivos para conter a inflação no País. O grupo Alimentação e Bebidas recuou 0,85% em agosto, um impacto de -0,18 ponto porcentual para a formação da taxa geral de 0,23% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"Alimentação e Bebidas caiu pelo terceiro mês consecutivo", frisou André Almeida, analista do Sistema de Índices de Preços do IBGE.
O grupo Alimentação e Bebidas acumula uma queda de 1,96% nos últimos três meses de recuos. A redução na alimentação para consumo no domicílio no mesmo período foi de 3,02%.
"De maneira geral, a gente pode dizer que essa queda nos preços alimentícios tem sido influenciada por uma maior oferta desses produtos no mercado", justificou o pesquisador. "Fatores climáticos acabam contribuindo também para uma questão de aumentar a produção, aumentar a quantidade disponível no mercado."
As carnes ficaram 1,90% mais baratas em agosto. No ano, os preços já caíram 9,65%.
"As carnes estão com disponibilidade interna mais alta, então o aumento na quantidade de carne produzida no Brasil é um dos fatores que tem contribuído para essa queda nos últimos meses. Essa deflação das carnes tem sido influenciada por uma maior disponibilidade no mercado interno", explicou Almeida.
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