As condições climáticas desfavoráveis estão por trás dos aumentos nos alimentos nessa virada de 2023 para 2024, apontou André Almeida, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O grupo Alimentação e Bebidas saiu de um aumento de 1,38% em janeiro para alta de 0,95% em fevereiro dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O grupo contribuiu com 0,20 ponto porcentual para a taxa de 0,83% do IPCA do último mês.
"Historicamente, em meses de verão os preços dos alimentos sobem, especialmente por conta de condições climáticas", justificou Almeida. "Os alimentos in natura são bastante influenciados por esse período, e esse ano teve esse fenômeno mais intensificado por conta do El Niño", completou.
Segundo ele, é recorrente que as temperaturas mais elevadas e o excesso de chuvas acabem "afetando a produção de diversos alimentos, especialmente os mais sensíveis ao clima" no verão.
"Agora, no final do ano de 2023 e início de 2024, esse efeito foi intensificado pelo El Niño. Tivemos muitas ondas de calor, e chuvas intensas", reforçou.
O preço da alimentação no domicílio subiu 1,12% em fevereiro. As famílias pagaram mais pela cebola (7,37%), batata-inglesa (6,79%), frutas (3,74%), arroz (3,69%) e leite longa vida (3,49%).
A alimentação fora do domicílio aumentou 0,49% em fevereiro. A refeição fora de casa subiu 0,67%, e o lanche teve elevação de 0,25%.
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