O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou nesta segunda-feira, 30, os cortes nos investimentos em ciência e tecnologia do governo anterior ao participar da reunião de diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). "A ciência brasileira foi muito sacrificada no último período ... Precisamos voltar a pensar em investimento em ciência e tecnologia", declarou aos empresários da indústria paulista.
Haddad defendeu maior foco do Sistema S no ensino médio, considerado o maior gargalo da educação no País.
Lembrou também que, nos governos petistas anteriores, a Petrobras multiplicou por nove os investimentos em ciência e tecnologia.
Transição energética
O ministro da Fazenda disse ainda aos empresários da indústria paulista que o governo montou uma equipe para executar um plano de transição energética com foco na reindustrialização. Ele citou alto interesse do mundo no gás produzido no Brasil, em meio ao desinvestimento, mundo afora, em refinarias que afetaram as cadeias de produção.
Avaliou que o País está bem posicionado seja na velha matriz energética, seja na nova matriz ou na transição energética. "O Brasil é o país mais bem posicionado para produzir hidrogênio verde, energia eólica e solar."
Haddad afirmou também ser um "entusiasta" da agenda de reindustrialização, que pode acontecer sob bases sustentáveis, já que o Brasil é produtor de energia limpa.
Reformas
O ministro da Fazenda disse ainda que as reformas terão "alta intensidade" no novo governo. Ele afirmou que vê receptividade tanto na Câmara quanto no Senado em relação à agenda do governo. "Não vejo intenção de postergar aquilo que precisa ser discutido", declarou.
Depois de citar as três agendas prioritárias do governo - fiscal, crédito e regulatória -, Haddad considerou ser "natural" a ansiedade em relação aos anúncios do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nessas frentes.
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