A caderneta de poupança registrou mais um mês de retiradas líquidas em março, após os fortes saques de janeiro e fevereiro. Dados divulgados nesta quinta-feira, 6, pelo Banco Central mostram que as retiradas superaram as aplicações em R$ 6,087 bilhões no mês passado, em um contexto de juros elevados, economia com ritmo fraco de crescimento, inflação e aumento do endividamento da população.
Em março, foram aplicados na poupança R$ 327,659 bilhões, enquanto R$ 333,746 bilhões foram sacados pelos brasileiros. Considerando o rendimento de R$ 5,542 bilhões, o saldo total da caderneta somou R$ 967,495 bilhões ao final do mês.
No acumulado do primeiro trimestre de 2023, a poupança já tem perdas de R$ 51,232 bilhões. Em janeiro, houve saques líquidos de R$ 33,630 bilhões, o maior volume de perdas de recursos para qualquer mês na série histórica da aplicação, iniciada em 1995. O valor foi sucedido pela retirada de R$ 11,515 bilhões em fevereiro. Em 2022, a captação líquida já havia sido negativa em R$ 103,237 bilhões, o pior ano na história da poupança.
Atualmente, com a taxa Selic a 13,75% ao ano, a poupança é remunerada pela taxa referencial (TR), atualmente em 0,24% ao mês (2,01% ao ano), mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano). Quando a Selic está abaixo de 8,5%, a atualização é feita pela TR mais 70% da taxa básica de juros.
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