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Por mais crédito, Caixa quer baixar compulsório

A Caixa Econômica quer que o Banco Central reduza de 20% para 15% o recolhimento compulsório sobre recursos de depósitos de poupança - porcentual de depósitos que cada banco deverá manter no BC. A medida está em estudo pelo governo.Segundo apurou oEstadão

Sofia Aguiar e Matheus Piovesana (via Agência Estado)

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Escrito por Sofia Aguiar e Matheus Piovesana (via Agência Estado)
Publicado em 13.04.2024, 07:11:00 Editado em 13.04.2024, 07:13:44
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A Caixa Econômica quer que o Banco Central reduza de 20% para 15% o recolhimento compulsório sobre recursos de depósitos de poupança - porcentual de depósitos que cada banco deverá manter no BC. A medida está em estudo pelo governo.

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Segundo apurou oEstadão/Broadcast(sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a redução significaria cerca de R$ 60 bilhões a mais para que a instituição conceda crédito imobiliário. As alíquotas são definidas pelo Banco Central e o tema precisa passar pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), mas ainda não houve avanços neste sentido. Fontes do setor reconhecem que a proposta não deve evoluir por agora.

Conforme apurou a reportagem, a redução no compulsório é mais uma proposta do governo para fomentar o mercado imobiliário no País. O Poder Executivo trabalha para ampliar de 65% para 70% o uso da caderneta de poupança em operações de financiamento imobiliário. Os recursos viriam da redução no compulsório.

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Integrantes do banco público afirmam, reservadamente, que a grande dúvida é justamente a vontade do BC em liberar os compulsórios. Um deles disse que resta saber se o BC terá apetite.

Juros

Liberar compulsório significaria injetar liquidez na economia, em um momento em que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, tem sinalizado cautela quanto ao principal instrumento da política monetária, a redução dos juros, com os sinais pouco animadores sobre as taxas nos Estados Unidos.

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No começo do ano, o mercado apostava que o Fed, o banco central americano, começaria a fazer cortes nos juros, hoje em 5,25% a 5,50%, a maior taxa desde 2001, em março. Como a inflação não cede e a economia americana continua aquecida, há analistas que já preveem que as reduções só começarão em setembro e ocorrerão em menor número.

Medidas

A Caixa continua batendo recordes no crédito imobiliário. No ano passado, o banco estatal fechou com R$ 185,4 bilhões em empréstimos, o maior volume da história, e com uma carteira também recorde de R$ 733,3 bilhões. A direção da instituição avalia a que neste ano é preciso encontrar soluções para aumentar as fontes de recursos para o setor.

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Em fevereiro, o presidente do banco, Carlos Vieira, disse que é necessário discutir alternativas o quanto antes, e que o compulsório é uma delas.

Na quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu ministros e secretários para discutir propostas para alavancar a oferta de crédito no País, inclusive para o setor imobiliário. No encontro, porém, não foi discutida a proposta de redução do compulsório, segundo apurou a reportagem. Um dos temas debatidos foi a medida provisória que fomenta o mercado secundário de recebíveis imobiliários. A MP deve ser anunciada na próxima semana.

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Na quarta-feira, a vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, Inês Magalhães, falou em reduzir os depósitos compulsórios para aumentar a quantidade de dinheiro disponível para crédito imobiliário. Ela deu a declaração a jornalistas depois de solenidade no Palácio do Planalto ligada ao programa Minha Casa, Minha Vida.

"O Banco Central exige uma retenção (depósito compulsório) e esse direcionamento estamos querendo que volte como investimento para habitação, 5%. Em vez de reter 20%, reter 15% dos depósitos para que a gente possa aumentar a oferta de crédito", declarou ela.

Questionada se a ideia é uma liberação de parte dos compulsórios da Caixa ou dos bancos de forma geral, Inês Magalhães respondeu: "Temos um interesse genuíno, grande em fazer. Não necessariamente os outros bancos terão o mesmo apetite".

As informações são do jornalO Estado de S. Paulo.

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