O coordenador-geral de projeções econômicas do Ministério da Fazenda, Rafael Leão, afirmou nesta quinta-feira, 18, que a calamidade pública registrada no Rio Grande do Sul em decorrência das chuvas, além dos reflexos desse cenário em outros Estados, pode retirar cerca de 0,25 ponto porcentual do PIB brasileiro em 2024. No entanto, esses efeitos tendem a ser compensados, ao menos em 2024, pelas medidas de suporte às empresas e pelas transferências diretas às famílias e aos governos estadual e municipais
De acordo com Leão, por setor produtivo, os resultados indicam perdas de 0,9 p.p. para o PIB agropecuário, de 0,3 p.p. para o PIB da indústria e de 0,2 p.p. para o PIB de serviços. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 18, pela Secretaria de Política Econômica (SPE).
Em relação ao suporte dado à União ao Rio Grande do Sul, o coordenador destacou que os recursos totais, excluindo compra do arroz, somam cerca de R$ 109,5 bilhões. As medidas para o Estado, segundo ele, devem praticamente neutralizar as perdas no crescimento do PIB em 2024.
De acordo com a SPE, essas medidas de auxílio, em conjunto, devem adicionar ao PIB brasileiro de 0,2 a 0,3 p.p. ao longo deste e dos próximos trimestres de 2024.
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, reiterou que as tragédias no Rio Grande do Sul devem ter impacto neutro no PIB.
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