O Brasil registrou 3,213 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em julho, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população desalentada desceu assim ao menor contingente registrado desde o trimestre encerrado em junho de 2016.
O País tinha 242 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em abril, um recuo de 7,0%. Em um ano, 447 mil pessoas deixaram a situação de desalento, baixa de 12,2%.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade - e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.
Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.
População subutilizada tem menor contingente desde o trimestre até dezembro de 2015
No trimestre terminado em julho, faltou trabalho para 18,735 milhões de pessoas no País, segundo os dados da Pnad Contínua. A população subutilizada desceu assim ao menor contingente desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho foi a mais baixa para trimestres até julho desde 2014, ao descer de 17,4% no trimestre até abril para 16,2% no trimestre até julho. No trimestre até julho de 2023, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 17,7%.
O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar.
A população subutilizada caiu 6,9% ante o trimestre até abril, 1,394 milhão de pessoas a menos. Em relação ao trimestre até julho de 2023, houve um recuo de 7,8%, menos 1,590 milhão de pessoas.
Subocupados por insuficiência de horas trabalhadas
De acordo com o IBGE, a taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 4,9% no trimestre até julho, ante um patamar de 5,2% no trimestre até abril.
Em todo o Brasil, há 5,002 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas. O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior.
Na passagem do trimestre até abril para o trimestre até julho, houve um recuo de 212 mil pessoas na população nessa condição. O País tem 154 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas a menos em um ano.
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