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Policiais federais sobem o tom e marcam protesto para o dia 28 por reajuste

Insatisfeitos com o governo, que ainda não entregou a reestruturação das carreiras prometida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), policiais federais subiram o tom contra o Executivo e decidiram marcar manifestações para o próximo dia 28 em todo o País.Em

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.04.2022, 18:48:00 Editado em 20.04.2022, 18:57:48
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Insatisfeitos com o governo, que ainda não entregou a reestruturação das carreiras prometida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), policiais federais subiram o tom contra o Executivo e decidiram marcar manifestações para o próximo dia 28 em todo o País.

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Em assembleia organizada pela Federação Nacional dos Policiais Federais (FenaPef), a categoria decidiu realizar protestos em frente às superintendências da corporação nos 26 Estados e no Distrito Federal. A expectativa é do comparecimento de até 10 mil servidores no total.

"Ficaremos em mobilização permanente em face dessa frustração com o governo. O importante é o presidente se sensibilizar com a nossa demanda. Estamos em contato com outras categorias para uma ação conjunta mais para frente", disse ao Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) o presidente da FenaPef, Marcus Firme.

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A Polícia Rodoviária Federal também se reuniu nesta manhã com o Conselho de Representantes da classe. "Serão realizadas assembleias regionais até o dia 26 de abril para decidir o que fazer", declarou à reportagem o presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), Dovercino Neto, que vê a insatisfação com o governo crescer na corporação.

Policiais federais receberam a promessa de Bolsonaro de uma reestruturação das carreiras, com aumento de salário acima da inflação. O governo, no entanto, resiste à ideia para não causar revolta no restante do funcionalismo e optou, em reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, por um aumento geral de 5% a todos os servidores civis e militares - o que não recompõe as perdas inflacionárias.

A proposta, ainda não formalizada, azedou o clima do governo com a segurança pública, e levou o ministro da Justiça, Anderson Torres, a receber representantes dos sindicatos na última segunda-feira. Na reunião, o ministro disse que o aumento de 5% ainda não é um martelo batido e, assim, a reestruturação prometida por Bolsonaro poderia sair do papel neste ano.

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A cúpula do sindicato dos policiais federais procurou nesta semana o novo ministro da Cidadania, Ronaldo Vieira Bento, e pediu que ele interceda junto a Bolsonaro para cumprir a promessa feita à categoria. Vieira Bento é agente federal de carreira e sua nomeação na Esplanada foi comemorada na Polícia Federal como uma possível ponte com o governo no momento em que a reestruturação está travada. Antes secretário de Assuntos Estratégicos da Cidadania, tomou posse no comando da pasta com a desincompatibilização de João Roma (PL) para disputar o governo da Bahia.

O presidente tem interesse em manter boas relações com os policiais, considerada uma base eleitoral do governo, para enfrentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas.

Nos bastidores, no entanto, agentes da segurança pública mostram cansaço com a promessa não cumprida e dizem que Bolsonaro "empurra o problema com a barriga". Para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o governo precisa que qualquer aumento de gastos com pessoal seja formalizado na folha de pagamento de julho, até 180 dias antes do final de um mandato presidencial.

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