MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Podemos fazer mudanças no pedido para adesão à OCDE, diz Haddad em Davos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil pode fazer mudanças no pedido para adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O tema está sendo tratado por um grupo de trabalho e será levado ao presidente Luiz

Aline Bronzati, enviada especial (via Agência Estado)

·
Escrito por Aline Bronzati, enviada especial (via Agência Estado)
Publicado em 18.01.2023, 10:01:00 Editado em 18.01.2023, 10:07:54
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil pode fazer mudanças no pedido para adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O tema está sendo tratado por um grupo de trabalho e será levado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

continua após publicidade

Haddad teve um encontro com o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, em Davos, na Suíça, nesta quarta-feira (18). Sobre se teria abordado algum pleito do governo brasileiro durante o encontro, o ministro disse que não, uma vez que a reunião foi rápida, de 15 minutos.

"Não existe nenhum impedimento para que o Brasil pleiteie uma adesão em conformidade com os seus interesses. Não há uma rigidez que é tudo ou nada. Você tem espaço para discussão", disse Haddad, a jornalistas, durante o Fórum Econômico Mundial.

continua após publicidade

Segundo o ministro, foi criado um grupo de trabalho para definir os termos de uma eventual participação do Brasil na OCDE para que o presidente Lula possa tomar uma decisão sobre o tema. "O Brasil já participa muito da OCDE. Essa aproximação está acontecendo naturalmente e agora vou ver com o Itamaraty e a Presidência da República os próximos passos", disse.

Questionado sobre o que seriam os próximos passos, Haddad afirmou que a agenda que compreende temas como G-20 e Mercosul depende de uma reunião específica com o presidente Lula. É ele quem dará a linha a ser seguida, conforme o ministro.

"Relações do Brasil com o mundo são muito complexas, né? Envolve muitos fóruns. O Brasil assume a presidência do G-20, depois assume a presidência dos Brics, Mercosul", acrescentou.

continua após publicidade

O ministro disse que é preciso desenhar uma política sobre a participação do Brasil nessas organizações multilaterais, algo que será feito em conjunto com o Itamaraty e orientação por parte do presidente Lula.

Satisfação

Fernando Haddad afirmou que sai do Fórum Econômico Mundia "satisfeito" com o que ouviu sobre o Brasil. Durante sua estreia na comunidade internacional, ele teve uma agenda intensa de reuniões bilaterais e encontros com empresários, investidores internacionais, banqueiros e representantes de organismos multilaterais e de diferentes países.

continua após publicidade

"Eu cheguei aqui surpreso com o grau de preocupação (da comunidade internacional) com o Brasil e eu penso que a mensagem da Marina (Silva, ministra do Meio Ambiente), a minha foi no sentido de mostrar que o Brasil segue forte e as pessoas ficaram felizes em ouvir isso da nossa parte", disse aos jornalistas.

Sobre o recado político que trouxe a Davos, em defesa à democracia no Brasil após os atos de 8 de janeiro, Haddad disse que ainda há a possibilidade de surpresas por parte da extrema direita. "São células que se organizam muito rapidamente e com um princípio estabelecido pela narrativa do ex-presidente (Jair Bolsonaro) que despertou paixões irreconciliáveis com a democracia", afirmou.

Na visão do ministro, o Brasil tem de ter representantes em todos os fóruns internacionais como, por exemplo, em Davos, que reúne a elite financeira no inverno suíço para debater temas globais econômicos e de sustentabilidade. "E aqui não é diferente. Você precisa mandar alguém para cá. Se não veio o presidente da república, veio o ministro, queremos nos revezar, mas sempre é importante ter alguém representando o Brasil porque você dissemina informações relevantes, perspectivas sólidas sobre o que vai acontecer", explicou.

Estar presente em fóruns internacionais é uma oportunidade de o País para mandar uma mensagem à comunidade que pode atenuar qualquer tipo de "estresse infundado". "Não há nenhuma razão para o mundo ter preocupação com o Brasil nem do ponto de vista da democracia, que vem respondendo aos ataques que são reais, não são imaginários, e que precisam e estão sendo enfrentados com a dose certa e legal", afirmou Haddad.

Apesar disso, o ministro disse que o mundo passou a ter uma "vigilância eterna" diante da onda extremista vista na Europa, Estados Unidos, Ásia e América Latina. "Existe um crescimento do extremismo de direita no mundo e isso precisa ser contido institucionalmente", disse Haddad, reforçando que as instituições brasileiras se uniram para preservar as liberdades democráticas.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Podemos fazer mudanças no pedido para adesão à OCDE, diz Haddad em Davos"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!