O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade industrial do Brasil caiu para 48,6 pontos em outubro, de 49,0 pontos em setembro, de acordo com dados divulgados pela S&P Global. A leitura, abaixo de 50 pontos, indica contração da atividade.
Os dados mostraram que as fábricas diminuíram a produção diante da demanda fraca e da queda de novos pedidos. Com isso, houve redução na demanda por matérias-primas, o que aumentou os estoques de fornecedores e contribuiu para a redução nos preços de insumos.
"Embora a retração no setor industrial do Brasil sinalizada pelo PMI durante o mês de outubro tenda a ser uma leitura desencorajadora, há um lado bom no fato de a retração da demanda ter continuado a justificar quedas de preços" pelo sexto mês consecutivo, disse Pollyanna De Lima, diretora associada de economia da S&P Global, em um comunicado. "Isso, juntamente com condições competitivas e esforços para alavancar as vendas, continuou a se refletir em cortes nos preços de fábrica, o que poderia favorecer as vendas nos próximos meses", acrescentou.
Ela ressaltou, porém, que o "ânimo do mercado ficou um pouco para baixo" dada a indisposição de clientes do mercado interno e de exportação em se comprometerem com novos contratos.
A pesquisa do PMI mostrou que os recursos das indústrias continuaram a ser direcionados para a conclusão de trabalhos pendentes, com queda nos pedidos em atraso no ritmo mais acentuado desde junho.
As expectativas de negócio caíram para o nível mais baixo em seis meses em outubro, sendo prejudicadas também por preocupações relacionadas a tributação, custos elevados de empréstimos e alta dívida pública.
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