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Plataforma de negociação de token realiza primeira deslistagem de ativo

O token de dívida corporativa do Grupo Muda, emitido na plataforma Estar.Finance, é o primeiro ativo do tipo a concluir o ciclo de captação, pagamento e deslistagem entre os projetos que participam do sandbox regulatório da Comissão de Valores Mobiliários

Aramis Merki II (via Agência Estado)

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Escrito por Aramis Merki II (via Agência Estado)
Publicado em 09.11.2024, 09:01:00 Editado em 09.11.2024, 09:08:31
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O token de dívida corporativa do Grupo Muda, emitido na plataforma Estar.Finance, é o primeiro ativo do tipo a concluir o ciclo de captação, pagamento e deslistagem entre os projetos que participam do sandbox regulatório da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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A empresa que atua com economia circular e gestão de resíduos captou R$ 600 mil com a operação e pagou um volume total de R$ 733.981 líquido de taxas e impostos aos detentores dos tokens. A expectativa era levantar R$ 500 mil. Entretanto, a oferta foi encerrada em cerca de três dias com captação excedente de 20% - o máximo permitido.

O pagamento da última parcela está programado para 12 de novembro, data que marca oficialmente o encerramento do ciclo de investimento do token MUD1 e sua deslistagem do mercado secundário. A conclusão da operação é vista como um marco para o amadurecimento do mercado de tokens e indica que este modelo pode ser usado em investimentos de outros tipos. "O processo regulado e o ciclo completo de captação e pagamento demonstram que há espaço para o crescimento dos tokens como uma alternativa viável e inovadora no Brasil", afirma Rodrigo Carneiro, diretor-executivo da SMU Investimentos, holding da Estar.Finance.

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O token é o registro na tecnologia blockchain de direitos de participação ou de fluxos de remuneração de uma empresa. Estes ativos dão direito de os seus detentores receberem um dividendo por ter financiado determinada companhia na fase de captação. A vantagem do sistema é que todos os registros e liquidações são automatizados dentro da rede descentralizada blockchain, a mesma em que operam os criptoativos.

A CVM adequou a resolução 88, que é voltada aos investimentos coletivos (crowdfunding), para a emissão de tokens de dívida. O formato tem sido usado para financiar micro e pequenos empreendimentos via certificados de recebíveis. As ofertas sob este modelo superaram R$ 1 bilhão já no primeiro semestre, valor que era o objetivo para todo o ano de 2024. A autarquia tem em sua agenda regulatória do ano que vem uma revisão das regras para tokens. De acordo com Pedro Armando Castelar, chefe de gabinete da CVM, um aumento do limite de R$ 15 milhões para emissões via token será objeto das discussões.

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