O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, confirmou nesta quarta-feira, 22, que o Plano Estratégico 2024-2028 será divulgado na próxima sexta-feira, 24, após ser avaliado e aprovado pelo Conselho de Administração da estatal. O novo plano da empresa vem sendo alvo de críticas de opositores de Prates e chegou a ter tentativas de adiamento.
Prates participou da abertura do evento "A neoindustrialização e a transição energética brasileira", em um hotel na zona sul do Rio de Janeiro, depois de ter participado na terça-feira de reunião em Brasília com o presidente Lula. No período tarde desta quarta, o executivo retorna à capital do País para um novo encontro.
Prates afirmou que a Petrobras "está correndo atrás da transição energética", em referência à demora da companhia em tomar iniciativas nessa direção, mas afirmou que a estatal não vai perder o foco na produção de petróleo e gás natural, "e isso não é feio", destacou.
Segundo ele, apesar das indicações de que a empresa vai desenvolver projetos de energia limpa, ainda vai demorar um tempo para a "metamorfose" da Petrobras. "Mesmo que a gente tivesse a lei das eólicas offshore aprovada agora, o primeiro projeto vai sair no mínimo em sete anos", explicou ao lado do presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo e o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante.
Ele afirmou ainda que a Petrobras também vai entrar no mercado de hidrogênio verde, um mercado ainda incipiente no Brasil, e que pode ter projetos em parceira com a Vale, produtora de metais utilizados na transição energética. "Há uma incerteza nesse mercado (hidrogênio verde) e vamos trabalhar para dirimir essas incertezas e ter escala, ter preço. O poder transformador disso é enorme, porque vamos entrar mineração adentro, produzindo maximamente descarbonizada", comentou.
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