Planejamento corrige: IBGE estende apuração e coleta final de dados do Censo até o fim de abril -
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O Ministério do Planejamento e Orçamento corrigiu na noite desta sexta-feira, 31, informação citada na nota publicada anteriormente. As informações corrigidas se referem à contagem da população da Terra Indígena Yanomani, citadas no sexto e no oitava parágrafos. Diferentemente do informado inicialmente, as 5 mil pessoas que só puderam ser contadas com o uso de helicópteros estão incluídos no total de 26 mil recenseados na Terra Indígena Yanomani e a operação especial visou recensear 47% dos setores censitários do território e não da população. Segue a nota corrigida:
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) prorrogou mais uma vez a etapa de apuração e coleta do Censo Demográfico 2022. Segundo o Ministério do Planejamento e Orçamento, o trabalho se estenderá agora até o fim de abril. Com isso, o instituto adiou novamente a previsão de divulgação dos dados preliminares do levantamento censitário, que agora está prevista para o dia 4 de maio.
"A apuração do Censo, bem como as ações pontuais, finais, de coleta de dados, serão concluídas até o fim de abril. Os dados preliminares serão anunciados pelo IBGE no dia 4 de maio", informou, em nota, o ministério, ao qual o IBGE é subordinado.
Embora o IBGE tenha anunciado a conclusão oficial da coleta do Censo em fevereiro, recenseadores permaneceram em campo tentando reduzir a proporção de não recenseados na população brasileira. No que deveria ser a etapa de apuração e conferência de informações prestadas, trabalhadores contratados pelo instituto tentavam ampliar a cobertura com visitas a mais domicílios. Até o último dia 15 de março, havia Unidade da Federação com mais de 20% da população ainda não recenseada.
No último sábado, 25, o IBGE organizou uma cerimônia em Heliópolis, em São Paulo, para marcar uma ação nacional de mobilização de recenseamento em favelas, em parceria com a Central Única das Favelas (Cufa) e o Data Favela. O ato contou com a participação da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.
Segundo o IBGE, a força-tarefa para aumentar a proporção de população recenseada nas favelas ocorre em 20 estados. A iniciativa "busca abrir caminhos e portas para o IBGE avançar com a operação censitária nas comunidades e reduzir o porcentual de não respostas nos chamados aglomerados subnormais", informou o instituto, em nota.
Nesta sexta-feira, 31, o ministério anunciou a conclusão do recenseamento da população Yanomami. "Foram contados 16.560 Yanomami em aldeias dentro do território de Roraima e outros 10.294 em aldeias localizadas no Amazonas", informou o ministério, em nota. Desse total, cinco mil Yanomami foram recenseados na operação aérea por helicópteros.
A operação especial de recenseamento na Terra Indígena Yanomami - fruto de uma cooperação firmada entre cinco ministérios - se estendeu por 23 dias, para cobertura do território que passa pelos Estados de Roraima e do Amazonas. O trabalho foi concluído na noite desta quinta-feira, 30.
A operação, que teve apoio das Forças Armadas e de helicópteros da Polícia Rodoviária Federal (PRF), visava cobrir os 47% dos setores censitários que faltavam cobrir no território. Os outros 53% já tinham sido recenseados durante o trabalho regular do Censo, no ano passado.
O IBGE não disponibiliza mais os dados da coleta do Censo em tempo real, mas, até o último dia 15 de março, 190,523 milhões de brasileiros tinham sido recenseados. O montante é equivalente a aproximadamente 89,3% da população, segundo a prévia estimada pelo instituto estatístico e enviada ao Tribunal de Contas da União (TCU), no fim de 2022.
No Amapá, 20,8% da população não tinha sido ainda recenseada até meados de março. Em São Paulo, ainda faltava recensear 16% dos habitantes, e no Rio de Janeiro, 15,1%. Outros estados com lacunas de dois dígitos no recenseamento eram Rondônia (17,3% da população não recenseada), Espírito Santo (13,4%), Tocantins (11,8%), Pará (11,7%), Acre (11,6%) e Distrito Federal (13,9%). Os Estados com maior cobertura foram Santa Catarina (98,1% da população recenseada), Piauí (97,2%), Paraíba (95,8%) e Roraima (94,5%).
O IBGE vinha alertando sobre a dificuldade de recenseamento em residências de alta renda, mas a elevada proporção de não recenseados e o esforço nacional em favelas mostram que há lacunas também nas demais faixas de rendimento.
A coleta do Censo, iniciada em 1º de agosto de 2022, se estenderia inicialmente até o fim de outubro do ano passado. Após uma série de dificuldades para contratação, pagamento e manutenção de recenseadores atuando no trabalho de campo, o prazo foi prorrogado sucessivas vezes. A coleta tem como data de referência as condições em que vivia a população brasileira no dia 31 de julho de 2022.
Há duas semanas, o IBGE previa divulgar os primeiros resultados do Censo no final de abril.
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