O Pix se tornou o meio de pagamento usado com maior frequência no Brasil, segundo a pesquisa "O brasileiro e sua relação com o dinheiro", publicada nesta quarta-feira, 4, pelo Banco Central. A razão dos que disseram que o meio é usado com maior frequência saltou de 16,7% em 2021 para 46,1% este ano, superando o dinheiro (41,7% para 22,0%).
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O cartão de débito foi citado por 17,4%, uma redução frente aos 26,4% de 2021. Em contrapartida, as citações do cartão de crédito aumentaram de 9,9% para 11,5%. Débito automático, outras transferências eletrônicas, vale-refeição ou vale-alimentação e outros meios somaram 3%.
A pesquisa entrevistou 2 mil pessoas, sendo mil pessoas da população geral e mil do comércio, entre 28 de maio e 1º de julho deste ano, em todas as capitais do País e em uma amostra das cidades com mais de 100 mil habitantes, exceto pelo Rio Grande do Sul. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro, de 3,1 pontos porcentuais para mais ou para menos.
Segundo o levantamento, o recebimento de salário em espécie caiu de 26,4% em 2021 para 15,5% em 2024. A proporção dos que recebem o pagamento em conta bancária aumentou quase 20 pontos porcentuais no período, de 53,0% para 72,0%. A razão dos que disseram não ter renda caiu de 18,1% para 12,3%.
O Pix foi considerado o meio de pagamento mais vantajoso em quase todas as categorias: segurança (32,1%), obtenção de descontos (31,9%), facilidade de uso (34,1%), custos (32,9%), controle de gastos (26,6%), aceitação pelos estabelecimentos (34,0%), gastos emergenciais (25,9%) e comodidade (34,0%). Apenas na categoria parcelamento de despesas o cartão de crédito ganhou, com 36,7%.
Segundo a pesquisa, a razão das pessoas que acham que não vão usar dinheiro daqui a cinco anos saltou de 39,6% em 2021 para 53,4% em 2024. Para 31,6%, o dinheiro ainda vai ser usado, mas com menor frequência. Para 8,7%, com a mesma frequência e, para 3,4%, com maior frequência.
Comércio
Conforme a pesquisa, o Pix se tornou em 2024 o segundo meio de pagamento mais aceito pelo comércio. O sistema é aceito em 98,7% dos estabelecimentos, um salto de quase 10 pontos porcentuais frente aos 89,2% de 2021. O dinheiro ainda é o campeão de aceitação (99,1%).
Nas estatísticas de aceitação, o cartão de débito aparece em terceiro lugar, com 98%, e o cartão de crédito, em quarto, com 97,4%. Vale-refeição ou vale-alimentação têm 13%, seguidos por cheque (7,3%) e outros meios (7,0%).
Os estabelecimentos são pagos com mais frequência via cartão de crédito (41,9%), seguido pelo Pix (25,7%) e cartão de débito (24,0%). O dinheiro, que representava 51,9% da frequência em 2018, caiu para 7,2% este ano.
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