O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, informou que o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) terá uma agência permanente no estado gaúcho para orientar empresários que pretendem solicitar linhas emergenciais de crédito.
O anúncio ocorreu nesta segunda-feira, 10, após o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ter anunciado três linhas de crédito para empresários afetados pelas tragédias. As linhas incluem ajudas para aquisição de máquinas e equipamentos, para reconstrução de estruturas e para obtenção de capital de giro.
Segundo o governo, para solicitar essas linhas, os empresários interessados precisam ter operação em um dos municípios em calamidade pública, que são 95, segundo Pimenta. Além disso, eles precisam declarar as perdas que tiveram nas enchentes.
Estão aptos para pedir essas linhas de crédito pessoas jurídicas de qualquer porte e pessoas físicas como produtores rurais, transportadores e empresários individuais (MEIs). O diretor de Finanças e Crédito Digital, Alexandre Abreu, informou que a troca de atividade da pessoa jurídica não inviabiliza o acesso ao crédito, mas é preciso permanecer na cidade.
Mercadante informou que a empresa que receber o crédito terá de restabelecer o nível de emprego no prazo de 10 meses. O presidente do BNDES afirmou que haverá "ampla transparência, com detalhamento de beneficiados". Ele disse que o banco não busca rentabilização e que os juros das linhas de crédito são "segurança para os bancos" que aderirem ao programa.
Entre os bancos que já anunciaram adesão estão o Bradesco, o Banrisul e o Badesul. Qualquer instituição financeira credenciada ao BNDES poderá participar das linhas de crédito. As instituições já podem colher propostas a partir desta terça-feira, 11, e as linhas serão liberadas em 21 de junho, segundo Mercadante.
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