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PIB do 3º trimestre levou a uma nova reavaliação de hiato mais positivo, diz ata do Copom

O cenário prospectivo de inflação mostra-se mais desafiador em diversas dimensões, segundo a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta terça-feira, 17, pelo Banco Central. O documento trouxe o passo a passo das avaliações feitas na seman

Cícero Cotrim e Célia Froufe (via Agência Estado)

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Escrito por Cícero Cotrim e Célia Froufe (via Agência Estado)
Publicado em 17.12.2024, 08:55:00 Editado em 17.12.2024, 09:01:07
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O cenário prospectivo de inflação mostra-se mais desafiador em diversas dimensões, segundo a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta terça-feira, 17, pelo Banco Central. O documento trouxe o passo a passo das avaliações feitas na semana passada e que culminaram numa alta de 1 ponto porcentual da Selic, para 12,25% ao ano: o colegiado analisou inicialmente a atividade econômica, a demanda agregada, as expectativas de inflação, a inflação corrente e o cenário internacional; em seguida, discutiu as projeções e expectativas de inflação para então deliberar sobre a decisão corrente e comunicação futura. A cúpula do BC já deixou duas altas de 1 pp contratadas para as primeiras reuniões de 2025, sob a nova presidência de Gabriel Galípolo.

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"Analisando o período corrente de atividade econômica, persiste um cenário de atividade resiliente com dinamismo maior do que esperado, como evidenciado na divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre, levando a nova reavaliação de um hiato mais positivo", citaram os integrantes do Copom. Eles também mencionaram que o mercado de trabalho também segue aquecido, com aumento da população ocupada, queda da taxa de desemprego e aumento da formalização de postos.

A ata ponderou, no entanto, que começa a existir alguma moderação no ritmo de crescimento de salários nas diferentes pesquisas, mas ainda em níveis elevados. "A conjunção de um mercado de trabalho robusto, política fiscal expansionista e vigor nas concessões de crédito amplo segue indicando um suporte ao consumo e consequentemente à demanda agregada", analisaram os dirigentes, comentando que, em particular, o ritmo de crescimento do consumo das famílias e da formação bruta de capital fixo indica uma demanda interna crescendo em ritmo bastante intenso, apesar da política monetária contracionista.

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Os motivos para tal dicotomia foram debatidos pelo Copom, de acordo com a ata. "Notou-se que há elementos mitigadores concorrendo com o impacto da política monetária sobre a atividade, tais como os impulsos de crédito e fiscais mais fortes do que antecipados", enfatizaram os integrantes do colegiado. A manutenção de canais de política monetária desobstruídos, segundo eles, sem elementos mitigadores para sua ação, contribui para uma condução mais efetiva e mais eficiente.

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