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Petróleo fecha em queda superior a 1% com incerteza sobre demanda global

O petróleo fechou em queda de mais de 1% nesta sexta-feira, apagando os ganhos obtidos no início da semana, que haviam alçado os preços do WTI e do Brent aos maiores níveis desde julho. O movimento reflete preocupações sobre a demanda global, colocando em

Laís Adriana (via Agência Estado)

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Escrito por Laís Adriana (via Agência Estado)
Publicado em 16.08.2024, 16:30:00 Editado em 16.08.2024, 16:35:03
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O petróleo fechou em queda de mais de 1% nesta sexta-feira, apagando os ganhos obtidos no início da semana, que haviam alçado os preços do WTI e do Brent aos maiores níveis desde julho. O movimento reflete preocupações sobre a demanda global, colocando em segundo plano dados norte-americanos que consolidaram expectativa por cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro encerrou em baixa de 1,93% (US$ 1,51), a US$ 76,65 o barril, enquanto o Brent para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 1,68% (US$ 1,36), a US$ 79,68 o barril.

Na semana, o WTI recuou 0,25% e o Brent teve alta marginal de 0,03%.

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Os preços do petróleo operavam em baixa desde o início da manhã, mas aceleraram queda e chegaram a perder mais de 2%, enquanto digeriam comentários do presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee.

O dirigente expressou preocupação em relação a sinais de recessão nos EUA e, nesta tarde, reiterou que o BC norte-americano precisa ser cauteloso com o nível crescente da taxa de desemprego.

Isso adicionou ímpeto aos receios de investidores da commodity sobre deterioração da demanda global, colocando em segundo plano dados de construções e sentimento econômico do consumidor nos EUA, que impulsionaram expectativas de cortes de juros pelo Fed.

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Na visão do TD Securities, as vendas nos contratos de petróleo sugerem que investidores se desfizeram de posições longas e projeta que há escopo para vendas ainda maiores nos contratos do petróleo WTI na próxima semana.

"Nossas análises sugerem que o prêmio de risco relacionado a oferta de energia também está desaparecendo dos mercados novamente, indicando que os operadores desconsideram risco de ataques geopolíticos no fim de semana", estima o banco de investimentos.

O Commerzbank prevê que, sem uma nova escalada das tensões no Oriente Médio, os preços do petróleo devem passar a operar praticamente de lado. O banco alemão nota que há decepção de investidores especialmente em relação a dados fracos de demanda da China, o que se sobrepõe ao consumo robusto de gasolina nos EUA, sinalizado por relatórios de estoques norte-americanos.

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"Esse cenário nos levou a cortar nossas projeções e agora esperamos que o Brent termine 2024 em US$ 85 por barril", avalia o Commerzbank, acrescentando que esse cálculo já considera riscos geopolíticos e assume que a Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) manterá os cortes voluntários na produção até o fim do ano. "Ainda há risco de oferta demasiada e queda indesejável nos preços devido a enfraquecimento da demanda no quarto trimestre", alerta o banco.

Nesta semana, a Opep e a Agência Internacional de Energia (AIE) também cortaram suas projeções para a demanda global de petróleo, em relatórios mensais.

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