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Petróleo fecha em queda e perde 6% na semana, ante redução nas tensões do Oriente Médio

O petróleo fechou em queda e acumulou cerca de 6% de perdas na semana, em meio a redução nas tensões do Oriente Médio, enquanto Israel e o Hamas negociam acordo na Faixa de Gaza. Assim, o foco do mercado recai agora sobre dinâmicas de oferta e demanda, se

Laís Adriana (via Agência Estado)

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Escrito por Laís Adriana (via Agência Estado)
Publicado em 03.05.2024, 16:01:00 Editado em 03.05.2024, 16:08:25
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O petróleo fechou em queda e acumulou cerca de 6% de perdas na semana, em meio a redução nas tensões do Oriente Médio, enquanto Israel e o Hamas negociam acordo na Faixa de Gaza. Assim, o foco do mercado recai agora sobre dinâmicas de oferta e demanda, segundo analistas.

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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho fechou em baixa de 1,06% (-US$ 0,94), a US$ 78,11 por barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para julho caiu 0,85% (-US$ 0,71), a US$ 82,96 por barril. Na semana, as perdas foram de 6,85% e 5,95%, respectivamente

O petróleo abriu em alta modesta e ampliou levemente os ganhos, após o payroll dos Estados Unidos mostrar criação de empregos em abril menor que a esperada, aumentando expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed). Contudo, a commodity reverteu o movimento logo no início da tarde.

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A fraqueza nos preços do petróleo reflete a redução no prêmio de conflitos geopolíticos, aponta o Julius Baer. O banco suíço analisa que a atenção do mercado parece ter se transferido para dinâmicas de oferta e demanda, particularmente na América do Norte, onde os estoques dos Estados Unidos seguem em níveis elevados e o Canadá retomou operações de um oleoduto com exportação direta para a Ásia. A perspectiva de ampla oferta pesa sobre o petróleo e exige cautela, avalia o Julius Baer, que projeta queda dos preços para faixa de US$ 70 o barril em 2024.

No entanto, a geopolítica do Oriente Médio continuará como um dos catalisadores da commodity nos próximos dois meses, de acordo com a Capital Economics. "Não apenas pela possibilidade de uma escalada, mas também pelo encontro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que acontece em junho e definirá metas para produção do óleo a partir de julho", destaca.

Hoje, a Opep anunciou planos de compensação por produção excedente do Iraque e do Cazaquistão, distribuindo cortes adicionais entre maio e dezembro para contrabalançar a produção acumulada no primeiro trimestre deste ano.

Também no noticiário, a Occidental Petroleum está explorando a venda de uma parte de suas operações na Bacia do Permiano, que poderia render mais de US$ 1 bilhão para a produtora de energia, segundo reportagem daReuters. A iniciativa da petrolífera, que é apoiada pela Berkshire Hathaway, faz parte de um esforço para reduzir sua dívida, com valor total de US$ 18,5 bilhões no final de 2023.

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