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Petróleo fecha em baixa com temor de excesso de oferta no mercado

"Estamos passando de uma época de escassez de energia para uma época de abundância de energia", avalia o CEO e fundador da Rystad Energy, Jarand Rysta

Matheus Andrade, especial para a AE (via Agência Estado)

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petróleo fecha em alta
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petróleo fecha em alta
Escrito por Matheus Andrade, especial para a AE (via Agência Estado)
Publicado em 17.12.2024, 17:47:45 Editado em 17.12.2024, 17:47:48
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Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta terça-feira, 17,, pressionados pelas perspectivas para a demanda. Analistas veem um mercado potencialmente com excesso de oferta no próximo ano, apontando a desaceleração do consumo na China como um dos grandes fatores. Neste sentido, as tensões geopolíticas seguem observadas, e relatos de um eventual cessar-fogo entre Hamas e Israel ganharam destaque ao longo do dia, ainda que nenhum avanço concreto tenha sido divulgado pelas partes.

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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro fechou em baixa de 0,89% (US$ 0,63), a US$ 70,08 o barril, enquanto o Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,97% (US$ 0,72), a US$ 73,19 o barril.

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"Estamos passando de uma época de escassez de energia para uma época de abundância de energia", avalia o CEO e fundador da Rystad Energy, Jarand Rystad. "As adições de capacidade tanto em combustíveis fósseis como em energias renováveis ultrapassarão os aumentos na demanda no próximo ano. Da mesma forma, face a um mercado petrolífero com excesso de oferta, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) poderá ter de prolongar os seus cortes de produção até 2025 para proteger os preços. A era em que a China impulsionava o crescimento do consumo de petróleo acabou, com o pico do diesel no país no espelho retrovisor, e a procura de gasolina estagnando, tal como acontece a nível mundial", avalia.

Segundo o escritório chinês de estatísticas (NBS, na sigla em inglês), o nível de processamento de petróleo na China até novembro foi 1,8% menor que no mesmo período do ano passado. Com base em dados mensais, a queda chega a ser de 4%. "É, portanto, muito provável que o processamento de petróleo bruto na China registre um declínio anual pela segunda vez. Há dois anos, isso ocorreu devido aos bloqueios do coronavírus. Desta vez, o declínio é de natureza estrutural", aponta o Commerzbank.

A Eurásia aponta que os preços do petróleo provavelmente vão terminar 2024 tal como o iniciaram, com uma perspectiva de baixa da demanda dominando, apesar dos elevados riscos geopolíticos para a oferta decorrentes dos conflitos em curso no Oriente Médio e na Ucrânia. "Na verdade, em meados de dezembro, a curva de preços futuros do Brent parece quase idêntica à do início do ano: os preços até dezembro de 2029 estão dentro de US$ 0,10 por barril de onde estavam no primeiro dia de negociação de o ano", destaca.

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