O petróleo se desvalorizou na sessão desta terça-feira, 5, em um dia de certa cautela no exterior. Não há empolgação com a demanda das maiores economias do mundo, após decisões macroeconômicas da China vistas como decepcionantes e com perspectiva de cortes de juros menos agressivos nos Estados Unidos.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril fechou em baixa de 0,75% (US$ 0,59), a US$ 78,15 o barril, enquanto o Brent para maio, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 0,91% (US$ 0,76), a US$ 82,04 o barril.
O Congresso Nacional do Povo chinês não trouxe notícias que suscitassem otimismo sobre a demanda da maior importadora de commodities do mundo. O Danske Bank, por exemplo, afirmou que o anúncio de metas e medidas para 2024 "decepcionou o mercado por não trazer sinais claros de estímulos econômicos mais robustos".
No Ocidente, pesa no sentimento a espera por dados de emprego dos EUA e discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, nesta semana. Os investidores aguardam mais informações que possam trazer pistas sobre o futuro da trajetória de juros por lá, mas, no geral, as apostas têm se ajustado em direção a um relaxamento monetário menor neste ano.
Ainda, a expectativa para dados de estoques americanos dificultou uma recuperação expressiva dos preços, segundo a analista Isabela Garcia, da StoneX. O mercado espera mais uma semana de alta dos inventários de petróleo. Isso, disse Garcia, mostraria uma dificuldade do mercado americano em restabelecer os níveis de consumo de petróleo.
Esses drivers se sobrepuseram à guerra no Oriente Médio, mesmo sem previsão de cessar-fogo à vista.
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