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Petroleiros cobram medidas urgentes de segurança da Petrobras após acidente na Rnest

A terceirização promovida pelas gestões anteriores da Petrobras foi o motivo apontado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) para o acidente que feriu quatro trabalhadores na quinta-feira, 25, após um incêndio na Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Ipo

Denise Luna (via Agência Estado)

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Escrito por Denise Luna (via Agência Estado)
Publicado em 26.01.2024, 13:50:00 Editado em 26.01.2024, 13:57:05
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A terceirização promovida pelas gestões anteriores da Petrobras foi o motivo apontado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) para o acidente que feriu quatro trabalhadores na quinta-feira, 25, após um incêndio na Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Ipojuca, Pernambuco. Segundo a FUP, a refinaria atualmente trabalha com 2,5 mil terceirizados e 500 empregados próprios.

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"É urgente que a atual gestão da Petrobras reveja esse modelo inseguro. É preciso investir na contratação de técnicos de segurança e de manutenção próprios, via concurso", disse em nota o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.

De acordo com o coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro PE/PB), Sinésio Pontes, o acidente está diretamente associado à política de desinvestimento na Rnest, que foi colocada à venda pelo governo Bolsonaro mas não encontrou interessados.

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"Isso implica assumir riscos cada vez mais graves na operação e manutenção dos maquinários e que podem, como já ocorreu, levar à morte de trabalhadores", afirmou Pontes, em referência à morte de um trabalhador terceirizado da refinaria em 2021.

Segundo ele, a ampliação das terceirizações nos serviços da Rnest legitimou o desmonte e a falta de zelo com as atividades de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS), uma situação sempre denunciada pelo sindicato e pela FUP.

Em 2014, os investimentos em SMS eram de US$ 2,4 bilhões e caíram para US$ 1,4 bilhão em 2022.

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O acidente no tanque de petróleo na quinta-feira foi motivado, segundo informações oficiais da refinaria, por uma fagulha. O Sindipetro PE/PB apurou que esses trabalhadores, que são funcionários terceirizados da prestadora de serviços QWS, executavam trabalho de caldeiraria no teto do tanque, o que pode ter gerado essa "fagulha".

"Essa possibilidade ficará esclarecida na investigação que será feita com a participação do Sindipetro PE/PB e da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)", explicou Pontes.

Um dos quatro trabalhadores feridos no acidente já teve alta e os demais seguem com quadro estável, segundo a FUP.

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