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Petroleira Seacrest pede recuperação judicial com dívida de R$ 3,3 bilhões

A Seacrest Petroleo entrou com um pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça de São Paulo, com dívidas que somam R$ 3,3 bilhões. O recurso se deu após um pedido liminar de bloqueio de bens feito pela Houlihan Lokey Assessoria Financeira, credor

Talita Nascimento (via Agência Estado)

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Escrito por Talita Nascimento (via Agência Estado)
Publicado em 21.02.2025, 17:36:00 Editado em 21.02.2025, 17:46:33
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A Seacrest Petroleo entrou com um pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça de São Paulo, com dívidas que somam R$ 3,3 bilhões. O recurso se deu após um pedido liminar de bloqueio de bens feito pela Houlihan Lokey Assessoria Financeira, credora da companhia, no valor de cerca de R$ 3 milhões. Outro fator de pressão foram as discussões com a Petrobras, que derrubou na Justiça uma liminar que a impedia de cobrar uma fatura de US$ 70 milhões.

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A companhia relata que a elevação dos custos operacionais, atrelada à queda do preço do petróleo, tanto no mercado nacional quanto internacional, reduziram drasticamente as margens de lucro da Seacrest.

"Em razão de decisões estratégicas equivocadas adotadas naquele momento, o efeito combinado da queda do preço do barril de petróleo, com o incremento de produção abaixo do esperado na campanha de perfuração executada, impactou diretamente na saúde financeira do Grupo Seacrest", escreve a defesa da companhia no documento encaminhado ao TJ de São Paulo.

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Outro fator relevante mencionado foi o recente aumento substancial das taxas de juros no Brasil, o que fez com que o endividamento crescesse para "patamares insustentáveis, dado o encarecimento eaaexponencial do serviço da dívida e a dificuldade de acesso a novos créditos".

A defesa explica ainda que, em meio ao cenário desfavorável, a empresa ainda tentou aumentar expressivamente sua produção de petróleo por intermédio de sua campanha de perfuração de novos poços, o que demandou novos financiamentos.

"Com o agravamento de sua situação financeira, o Grupo Seacrest passou a enfrentar problemas com fornecedores, atrasos em pagamentos e dificuldade em honrar compromissos contratuais. Foi diante desse cenário de alto endividamento e incapacidade de honrar com os compromissos assumidos, que houve a mudança de controle do Grupo Seacrest", diz outro trecho do documento em referência à troca de comando da empresa.

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A empresa busca ainda a suspensão das execuções de cobrança e vencimento antecipado de dívida pelo período de 180 dias.

A Seacrest foi fundada em 2019 como uma empresa independente de produção de petróleo e gás. O foco da operação é a recuperação de campos terrestres maduros. A companhia adquiriu ativos da Petrobras ao longo dos últimos anos. O grupo tem hoje 300 funcionários diretos.

A petroleira tem operações concentradas no Brasil e abriu capital na Noruega, em 2023, numa oferta de ações que levantou US$ 260 milhões. No terceiro trimestre do ano passado, a empresa registrou US$ 41 milhões (R$ 233,7 milhões) em receitas, com uma perda de US$ 35,8 milhões (R$ 204 milhões).

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