O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse nesta terça-feira, 7, que a estatal está na fase de submeter os primeiros planos de aquisição em geração de energia renovável ao Conselho de Administração.
"Nas próximas semanas, vamos levar projetos ao conselho", disse Prates a jornalistas nos Estados Unidos, onde participa da Conferência de Tecnologia Offshore, a OTC, maior evento do setor de óleo e gás no mundo.
Prates justificou que isso levou mais tempo do que o esperado pela diretoria executiva da Petrobras, entre outros motivos, porque o Brasil não tem um marco legal de eólica offshore, uma frente prioritária nos planos de transição energética da companhia no médio e longo prazos.
"Precisamos lidar com ativos onshore. Isso deve acontecer em duas ou três plataformas de renováveis com diferentes parceiros", explicou.
Executivos da Petrobras têm dito que a ideia é comprar participação em projetos de geração eólica em terra já em operação, mas com espaço para expansão. Além de energia eólica, Prates disse que a companhia observa projetos de geração fotovoltaica.
"Assim que a escala (da geração renovável) ampliar, isso vai ser conectado em futuros projetos de hidrogênio", disse Prates.
Piloto de eólica offshore
Prates disse também que o projeto-piloto de eólica offshore da Petrobras, que prevê a instalação de aerogeradores únicos no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Norte, deve ser lançado até julho. Além disso, afirmou, a Petrobras está fazendo "tudo quanto possível, que é medir e testar", na eólica offshore.
Bacia de Pelotas
O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Joelson Mendes, disse nesta terça-feira, 7, que a Petrobras vai comprar dados sísmicos da bacia de Pelotas produzidos por empresa especializada, no litoral sul do País. Se as informações sugerirem a presença de petróleo e gás em nível adequado na região, a Petrobras poderá começar uma campanha exploratória.
"Temos compromisso com a ANP de fazer sísmica em Pelotas, não de perfurar poço. A sísmica mostrando dados interessantes em Pelotas, vamos para perfuração", disse Mendes. Em dezembro do ano passado, em leilão da ANP, a Petrobras arrematou 29 blocos na Bacia de Pelotas em parceria com a Shell e a chinesa CNOOC.
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