Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Economia

publicidade
ECONOMIA

Pesquisa mostra que introdução do Pix eleva em 15% PIB per capita, destaca diretor do BC

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, Renato Dias Gomes, destacou em evento promovido pela Zetta os resultados de uma pesquisa sobre o efeito do Pix no sistema financeiro do Brasil. No estudo "Sistemas de Pagamento Instantâneo e Competição por Depósitos", o pesquisador Sergey Sarkisyan mostrou que a introdução do Pix aumentou a fatia de depósitos em pequenos bancos em relação aos grandes bancos e ajudou a reduzir os juros bancários.

Gomes ressaltou a parte da pesquisa que mostra que a existência do Pix representa um depósito de "bem-estar" de US$ 380 por trimestre, o que significa um aumento de 15% no Produto Interno Bruto (PIB) per capita do País. "É realmente fascinante. Esse montante aumenta o PIB per capita do Brasil em 15%", destacou. "Eu realmente espero que os políticos ouçam isso quando vão decidir o orçamento do BC. É realmente um número fantástico", disse, em tom de brincadeira, afirmando que o estudo demonstra o efeito causal entre o Pix e o aumento da competição bancária.

publicidade
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.

Segundo o diretor do BC, o Pix foi uma importante marca para o aumento da competição no sistema financeiro do Brasil, ao permitir a digitalização dos pagamentos entre consumidores e reduzir a importância do dinheiro em papel. "Agora, os consumidores têm a clara possibilidade de escolher para além dos grandes bancos."

Fatores que ajudaram a impulsionar uso do Pix

Dias Gomes afirmou que uma variedade de fatores ajudou a impulsionar o uso do Pix, que continua em ascensão. Entre os fatores, Gomes citou a padronização, a obrigatoriedade de participação dos maiores bancos, a gratuidade, a variedade de usos, além do momento de lançamento, na pandemia de covid-19.

publicidade

No caso da padronização, Gomes disse que as instituições tiveram que oferecer Pix de forma semelhante para que os consumidores entendessem que era o mesmo produto. "A padronização ajuda a commoditizar os sistemas de pagamentos mais rápidos", disse Gomes em evento promovido pela Zetta.

Em relação aos casos de uso, ele citou a possibilidade de utilização por chave, QR Code, "Copia e Cola" ou mesmo na própria loja. "Variedade de usos fez com que o Pix se tornasse uma escolha natural", avaliou o diretor.

Na perspectiva regulatória, foi importante para evitar questões de competição entre as instituições financeiras que fosse obrigatória a participação de instituições com mais de 100 mil contas, segundo Gomes. Ao mesmo tempo, a possibilidade de instituições financeiras pequenas participarem foi um fundamento para que o Pix estivesse em todos os lugares.

publicidade

Além disso, a gratuidade para indivíduos foi um valor importante. "Tão barato quanto dinheiro, mas muito melhor. Por fim, o Pix chegou em um momento oportuno e ajudou o brasileiro na época da pandemia de covid-19", disse, sobre o lançamento em novembro de 2020.

O economista-chefe para as Américas no Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), Jon Frost, reforçou que a obrigatoriedade de participação e a presença de instituições não bancárias são fatores que explicam a rápida adoção do Pix em relação a sistemas de pagamentos instantâneos de outros países.

O Fednow, sistema criado pelo Federal Rerserve, o BC dos EUA, por exemplo só é permitido para bancos e não é obrigatório. Frost também citou a operação do sistema pelo BC brasileiro e o sucesso do "branding" da ferramenta local.

publicidade

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Economia

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline