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Pescados: 37 espécies de peixes brasileiros poderão ser exportados à China

O Brasil poderá exportar 37 espécies de peixes à China, a partir da abertura de mercado formalizada na terça-feira, 23, entre os países. O protocolo firmado, obtido pelo Broadcast Agro, autoriza a entrada na China de peixes de pesca extrativa do Brasil, o

Isadora Duarte (via Agência Estado)

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Escrito por Isadora Duarte (via Agência Estado)
Publicado em 23.04.2025, 17:51:00 Editado em 23.04.2025, 17:56:34
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O Brasil poderá exportar 37 espécies de peixes à China, a partir da abertura de mercado formalizada na terça-feira, 23, entre os países. O protocolo firmado, obtido pelo Broadcast Agro, autoriza a entrada na China de peixes de pesca extrativa do Brasil, ou seja, por captura no mar, rios ou lagos, e amplia o rol de peixes de cultivo liberados para o comércio. Entre as espécies de pesca extrativa estão atum, piramutaba e pescada gó.

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As negociações com a China para a exportação dos pescados brasileiros começaram em 2016, segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua. "Era um pleito antigo da Câmara Setorial de Pescados do Ministério da Agricultura. Agora todos os pescados de origem extrativa que atendem aos requisitos da China podem ser exportados, o que significa mais oportunidades para o setor pesqueiro brasileiro", disse. "A China reforça a parceria estratégica com o Brasil. Esse avanço representa o fortalecimento das nossas exportações e o crescimento das perspectivas de diversificação de mercados, ao mesmo tempo em que reforçamos nossos compromissos com nosso principal parceiro comercial no agro, a China", afirmou em nota.

A China importou US$ 17,9 bilhões em pescados no ano passado, segundo dados do Ministério da Agricultura. O setor produtivo estima que o Brasil poderá alcançar pelo menos US$ 1 bilhão ao ano deste mercado. Segundo Rua, o protocolo sanitário assinado entre os países prevê um processo de habilitação simplificada. As empresas interessadas em exportar os peixes ao mercado chinês deverão se habilitar juntamente ao Ministério da Agricultura, que deverá informar à Administração Geral das Alfândegas da China (GACC, autoridade sanitária do país) a lista de empresas aptas à comercialização.

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A Associação Brasileira das Indústrias de Pescado (Abipesca), que representa 90% das empresas exportadoras de pescados do Brasil, cita como avanço, além da exportação dos pescados, a ampliação da lista de espécies de peixes de cultivo que poderão ser embarcados ao país asiático pelo novo protocolo acordado. "Estimamos incremento de US$ 200 milhões nas vendas à China em 2026. Em três a quatro anos, o Brasil pode chegar a US$ 1 bilhão em vendas à China", afirmou o presidente da Abipesca, Eduardo Lobo, à reportagem.

Na análise da Abipesca, há "grande potencial" de exportação sobretudo de camarão vannamei, tilápia, tambaqui, pirarucu, piramutaba e pescada gó. Hoje, o principal produto de pesca extrativa exportado ao país é a lagosta, com embarques em média de US$ 50 milhões por ano. "Em torno de 35 indústrias brasileiras já estão habilitadas à exportação de pescados para a China. Vamos, primeiramente, avaliar a demanda chinesa para estruturar novos investimentos no parque industrial", pontuou.

A abertura do mercado chinês para o pescado extrativo brasileiro foi formalizado ontem em reunião bilateral entre a vice-ministra da Administração Geral das Alfândegas da China (GACC, autoridade sanitária do país), Lyu Weihong, com a área técnica do Ministério da Agricultura, na sede da pasta em Brasília. A delegação chinesa estava no Brasil em decorrência da etapa ministerial do Grupo de Trabalho de Agricultura do Brics Brasil 2025, ocorrida na última semana.

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O governo brasileiro nutria a expectativa de concluir a negociação técnica com as autoridades chinesas desde novembro, na ocasião da visita do presidente Xi Jinping ao Brasil. Agora, as negociações técnicas para o acordo do certificado sanitário foram finalizadas.

No ano, o Brasil acumula 350 aberturas de mercado para produtos agropecuários nacionais.

Veja abaixo as espécies inclusas no protocolo sanitário entre os países:

Atlantic Red Crab Chaceon Notialis B-Liner Rhomboplites aurorubens Bluefin Tuna Thunnus thynnus Blue Runner Caranx crysos Butterfish Peprilus Paru Crevalle Jack Caranx hippos Highwaterman catfish Hypophthalmus edentatus Horse Mackerel Trachurus spp. King Weakfish Macrodon ancylodon Lane Snapper Lutjanus synagris Leaf or A. Bumper Chloroscombrus chrysurus Leatherjacket or Triggerfish Balistes spp Lisa or Mullet Mugil liza Monkfish Lophius gastrophysus Parrot Fish Sparisoma spp Piramutaba Brachyplatystoma vaillantii Pirarucu; Giant Arapaima; Paiche Arapaimas gigas Red Snapper Lutjanus Purpureus Royal Crab Chaceon Ramosae Seatrout Cynoscion guatucupa Small Eye Croaker Nebris microps Snook Centropomus undecimalis Spotted Sorubim Pseudoplatystoma corruscans Strawberry Grouper Cephalopholis fulva Swordfish Xiphias gladius Tambaqui Colossoma macropomum Tilapia Oreochromis niloticus Tuna Thunnus spp. Vannamei Shrimp Litopenaeus vannamei White Albacore Thunnus alalunga White Croaker Umbrina spp. Yellow Croaker Micropogonias furnieri Yellow Tail Snapper Ocyurus chrysurus Oyster Crassostrea gigas Oyster Crassostrea gasar Mussel Perna perna Scallop Nodipecten nodosus

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