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Pequena taxação das riquezas no Brasil geraria alta renda, defende Nobel da Economia

O economista americano Joseph Stiglitz, vencedor do Prêmio Nobel de Economia de 2001 e professor da Universidade Columbia (EUA), disse que o Brasil precisa reformular seu sistema financeiro, citando uma forte especulação no sistema nacional. Em uma anális

Lavínia Kaucz e Sofia Aguiar (via Agência Estado)

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Escrito por Lavínia Kaucz e Sofia Aguiar (via Agência Estado)
Publicado em 11.09.2023, 19:33:00 Editado em 11.09.2023, 19:38:36
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O economista americano Joseph Stiglitz, vencedor do Prêmio Nobel de Economia de 2001 e professor da Universidade Columbia (EUA), disse que o Brasil precisa reformular seu sistema financeiro, citando uma forte especulação no sistema nacional. Em uma análise sobre a conjuntura econômica do País, o economista defendeu a taxação de grandes riquezas como uma fonte de gerar maior renda à população. "Tem muita especulação no mercado financeiro, isso quase nenhum país faz, mas Brasil está no topo da lista dos que fazem", declarou o americano, em painel oferecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) "Desafios para o crescimento econômico com estabilidade e inclusão social", nesta segunda-feira, 11. Em sua visão, o mercado financeiro deve servir como uma espécie de intermediação entre os investimentos. Na fala, o professor afirmou que uma "lição aprendida" na análise do País é em relação à necessidade de acelerar a agenda de impostos de forma mais progressiva. Ele defendeu a taxação de grandes riquezas e afirmou que "uma pequena taxação às riquezas geraria alta renda". Para ele, o Brasil "está indo muito bem, pode ser aumentado o valor de taxação, mas é melhor do que a maioria dos países emergentes". O economista voltou a criticar as altas taxas de juros no Brasil que são, segundo ele, "provavelmente as mais altas do mundo". Em sua avaliação, o alto patamar de juros se torna um obstáculo para a produção de investimento nacional. Em março, o professor havia feito coro às críticas do governo ao Banco Central antes de a autoridade monetária reduzir a taxa Selic de 13,75% para 13,25%. Durante palestra promovida pelo BNDES na época, ele disse que o patamar dos juros no Brasil era "chocante" e seria uma "pena de morte" para a economia do País.

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Mudanças climáticas

O economista ainda defendeu medidas urgentes para combater as mudanças climáticas. "Os resultados devem ser justos e a maneira como atingimos eles deve ser justa", afirmou. "Nós pensávamos que externalidades eram apenas um pequeno ponto, mas com mudança climática é muito claro que as externalidades são a base da nossa existência." Para Stiglitz, é preciso fazer um "equilíbrio de liberdades" e chegar a consensos. "Liberdade para poluir significa que o restante de nós irá morrer por causa da poluição. O que é mais importante?", questionou.

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