A queda no preço das passagens aéreas deu a maior contribuição para conter a inflação oficial no País em abril. O subitem recuou 12,09% no mês, um impacto negativo de 0,08 ponto porcentual para a taxa de 0,38% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nos primeiros quatro meses de 2024, as passagens aéreas já recuaram 39,53%, mas ainda não devolveram a alta de 82,03% acumulada nos últimos quatro meses de 2023, ponderou André Almeida, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE. Nos 12 meses encerrados em abril, as passagens aéreas têm queda acumulada de 6,84%.
O gasto das famílias com o grupo Transportes saiu de um recuo de 0,33% em março para uma alta de 0,14% em abril, contribuindo com 0,03 ponto porcentual para a taxa do IPCA do último mês.
Apesar da queda nas passagens aéreas, a gasolina subiu mais. Em abril, os combustíveis aumentaram 1,74%. O etanol subiu 4,56%, a gasolina avançou 1,50%, e o óleo diesel aumentou 0,32%. Já o gás veicular caiu 0,51%.
A gasolina foi o item de maior pressão individual sobre a inflação de abril, uma contribuição de 0,08 ponto porcentual. Almeida lembra que a queda na passagem aérea e a alta na gasolina acabaram anulando seus impactos mutuamente. "Os efeitos dentro do grupo de transportes acabaram se anulando", frisou.
Ainda em transportes, o metrô subiu 1,72%, influenciado pelo reajuste de 8,69% no Rio de Janeiro a partir de 12 de abril. O ônibus urbano aumentou 0,01%, após reajuste de 2,15% em Campo Grande a partir de 15 de março. O táxi avançou 0,21%, como reflexo do reajuste médio de 17,64%, a partir de 22 de abril, no Recife.
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