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Paradigma liberal está em crise, está em xeque, diz Mercadante, em evento do Dia da Indústria

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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse nesta segunda-feira, 26, que o paradigma liberal está em crise. "Estamos atravessando uma crise global de grandes proporções. Não é pequeno o cenário desafiador geopolítico que nós temos pela frente. O cenário de mais instabilidade, de mais volatilidade, um cenário de erosão das instituições multilaterais. Nós estamos vivendo a ruptura do paradigma ocidental de governança liberal das relações diplomáticas, econômicas e comerciais entre os países. Esse paradigma liberal está em crise, está em xeque", avaliou, durante evento Nova Indústria Brasil, em comemoração ao Dia da Indústria, no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro. A conferência é promovida por Brasil 247, TV 247 e Agenda do Poder.

Para o presidente do BNDES, o mundo entra agora numa nova etapa histórica e, no centro desse debate e das eventuais soluções, está a relação entre Estado e mercado. "Ou nós construímos uma relação mais criativa, mais engenhosa, mais inovadora na relação entre Estado e mercado - o Estado e o seu papel de indução, de fomento, de impulso ao desenvolvimento - ou dificilmente os países em desenvolvimento poderão reconstruir suas indústrias, se neoindustrializar e superar o hiato tecnológico que nós temos e que não é pequeno nas relações internacionais", argumentou.

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Mercadante analisou também que, ao lado e no coração dessa crise, há também a crise climática. Ele citou que a temperatura média da Terra no último ano e oito meses aumentou em um grau e meio centígrado e que todos os estudos recentes mostram que é um ponto de não retorno por pelo menos 20 anos. "Não vai haver uma reversão, mesmo que haja uma redução significativa das emissões de gases de efeito estufa. E o mais grave: nós estamos vivendo um tempo em que as políticas públicas podem se ancorar em evidências científicas com cada vez mais instrumento, inteligência artificial, as informações disponíveis, a pesquisa acadêmica científica, e nós estamos vendo o retrocesso do negacionismo, que foi trágico na pandemia. No Brasil, foram 700 mil mortos", citou.

O presidente do BNDES também comentou que os Estados Unidos estão rompendo o acordo de Paris e voltando com o uso de carvão e fontes fósseis. "Nós estamos assistindo ao descompromisso de muitos países com as metas e com a necessidade do mundo refletir sobre o que nós estamos atravessando, especialmente na COP30, que é um palco decisivo."

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