O diretor de Planejamento e Inteligência Comercial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Herlon Brandão, afirmou nesta terça-feira, 2, que os resultados da balança comercial de janeiro a abril mostram resiliência mesmo com um menor crescimento econômico esperado em 2023.
Segundo ele, as exportações no período, que totalizaram US$ 103,5 bilhões, e o saldo comercial superavitário, de US$ 23,1 bilhões, são os maiores da série histórica, que começou 1989.
"A trajetória do quadrimestre está em linha com o que projetamos. As exportações estão com um volume até crescente. Esperávamos uma queda de exportações motivada por preços, mas esses preços menores têm sido compensados por maiores volumes exportados. Isso mostra um sinal de resiliência em que pese um menor crescimento econômico esperado", disse ele.
Somente em abril de 2023, mês com menos um dia útil em relação ao mesmo período do ano passado, os preços exportados caíram, em média, 10%. Petróleo, minério e soja estão entre os produtos exportados com maiores retrações no valor.
Argentina
Apesar de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, relatar problemas para que os empresários brasileiros recebam os recursos exportados para a Argentina, o fluxo de vendas para o país vizinho continua a crescer. Segundo Brandão, nos quatro primeiros meses do ano, as vendas de soja, energia elétrica, veículos, autopeças, tubos e perfis de aço aumentaram.
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), Haddad afirmou nesta terça que 200 empresas brasileiras não estão exportando e nem recebendo os recursos diante da falta de dividas na Argentina.
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