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Para FMI, pandemia e guerra provocam 'maciços' retrocessos à economia global

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou nesta quarta-feira que a pandemia e a guerra entre Rússia e Ucrânia provocam "maciços" retrocessos à economia global. "É como ser atingido por outra tempestade antes

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.04.2022, 11:12:00 Editado em 20.04.2022, 11:21:21
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A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou nesta quarta-feira que a pandemia e a guerra entre Rússia e Ucrânia provocam "maciços" retrocessos à economia global. "É como ser atingido por outra tempestade antes de termos nos recuperado da última", comparou, em discurso na abertura de coletiva de imprensa.

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Em relatório sobre perspectivas divulgado na terça-feira, o FMI cortou a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global este ano, de 4,4% a 3,6%. "(A revisão) foi causada em grande parte pela invasão da Ucrânia pela Rússia e pelas ondas de choque que enviou ao redor do mundo", disse Kristalina Georgieva.

A diretora-gerente ressaltou ainda que o conflito provocou uma disparada nos preços de energia e alimentos, com efeitos sobre a inflação.

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"Aperto financeiro, dívida alta e lockdowns frequentes e abrangentes na China - causando mais gargalos nas cadeias de suprimentos globais - são adicionais nuvens escuras pesando sobre a economia global", pontuou a dirigente, acrescentando que o fim da guerra teria o melhor impacto possível neste momento.

'Ação decisiva' de BCs pelo mundo

A diretora-gerente do FMI argumentou ainda que a escalada da inflação no mundo demanda "ação decisiva" de bancos centrais e disse que as autoridades monetárias precisam ser claras na comunicação sobre os efeitos do aperto para países emergentes e pobres.

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Kristalina Georgieva ressaltou que o processo tende a aumentar os custos da dívida. "Para países de baixa renda, essa carga chegou a 50 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) - colocando 60% desses países em ou perto de estresse de dívida", pontuou.

Para lidar com isso, os governos devem adotar políticas que ajudem a estabilizar a dívida ao mesmo tempo em que fornecem "assistência direcionada" aos grupos mais vulneráveis, acrescentou a diretora. "Eles podem ajudar a financiar isso com políticas tributárias mais justas", pontuou.

Ela recomendou que o G20 trabalhe para melhorar o programa de alívio de dívida voltado a nações mais pobres, expandindo o acesso a mais países.

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China

A diretora-gerente FMI também afirmou que a China deve ser capaz de conter a desaceleração da economia por ter "amplo" espaço fiscal e monetário. No relatório sobre perspectivas divulgado na terça, o FMI cortou a previsão para crescimento do PIB chinês este ano a 4,4%, abaixo da meta de 5,5% do governo.

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Segundo Kristalina Georgieva, a revisão negativa reflete principalmente as medidas de restrições para frear o avanço do coronavírus.

Para ela, no campo da política fiscal, Pequim deve ampliar o apoio ao consumo das famílias, ao invés de focar no suporte a empresas.

Novo pacote à Ucrânia

Kristalina Georgieva informou ainda que a instituição discute com representantes do governo da Ucrânia um possível novo pacote de ajuda financeira, em meio à ofensiva militar russa no país. Segundo ela, autoridades ucranianas estimaram necessidade de cerca de US$ 5 bilhões mensais em apoio externo para manter a economia em funcionamento nos próximos três meses.

"Há incertezas quanto a esse número, mas não achamos que é muito distante das necessidades do país", disse a dirigente, reforçando que o FMI seguirá ajudando Kiev.

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