A divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da segunda quadrissemana de dezembro reforça o cenário de surpresas positivas com a inflação, avalia o economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) André Braz. A expectativa agora é que o indicador encerre dezembro com alta em torno de 0,2%, projeta Braz, ante estimativa anterior de 0,4%.
O IPC-S arrefeceu de 0,33% para 0,25% na passagem da primeira para a segunda quadrissemana de dezembro, conforme divulgou a FGV. O resultado levou o indicador a uma alta de 3,51% no acumulado em 12 meses, nível semelhante ao que Braz projeta para a métrica ao final do ano.
Entre as surpresa positivas da divulgação, o economista destaca as variações comportadas do grupo Alimentação (0,57% para 0,49%) e do item passagem aérea (5,53% para 4,13%).
"São grupos e itens que geralmente tendem a pressionar a inflação no período, por uma demanda mais forte, mas não é o que estamos vendo. Há uma perda de tração, que contribui para a inflação subir menos", resume Braz.
Ele cita ainda que a perspectiva para a inflação no curto prazo pode ficar ainda mais positiva em caso de novo corte da Petrobras no preço dos combustíveis. "Um corte agora ou a partir de janeiro seria muito bem vindo para a inflação. A depender da data, poderia ter impacto baixista ainda nos números de 2023", observa.
Nessa leitura, a gasolina registrou novo recuo, de 1,20%, mas em menor intensidade do que na quadrissemana anterior, quando a queda foi de 1,84%.
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