A reunião financeira do grupo das 20 economias mais ricas do mundo (G20), que ocorrerá em Bangalore (Índia) na semana que vem, será uma oportunidade para o Ministério da Fazenda e o governo como o todo retomarem o fio da crise de 2008, na percepção da equipe econômica. Conforme a Fazenda, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que prometeu a reinserção do Brasil nas discussões internacionais desde a campanha, é que tem feito o paralelo entre o momento atual do planeta e o que ocorreu no final dos Anos 2000.
A avaliação é a de que o G20 foi um organismo especialmente importante durante o processo da crise financeira internacional e, na ocasião, o Brasil foi um dos países mais atuantes no debate global. Agora, a crise é de outra natureza, com enfoque mais nas questões ambientais e ainda de coordenação dos impactos da pandemia de coronavírus.
O governo brasileiro quer deixar claro que o País voltará não apenas a ser mais atuante em fóruns internacionais como buscará um papel de oferecer soluções.
A estreia brasileira no encontro da semana que vem é tida como fundamental para as relações futuras do País. Primeiro, porque o mundo estaria aguardando a volta do Brasil nas discussões internacionais e, depois, porque a presidência rotativa do grupo passará para o governo brasileiro em 1o de dezembro, com o País sendo o anfitrião do evento ao longo de 2024.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participarão do G20 financeiro em Bangalore dos dias 22 a 25 de fevereiro, logo após o feriado de carnaval.
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