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Para CBIC, no atual cenário, não há indicativo de crescimento de distratos em 2025

Mesmo com a subida dos juros nos últimos meses, os representantes das construtoras não acreditam que haverá aumento de rescisões de vendas (distratos) ao longo do ano, embora admitam que o comprador terá que fazer um "sacrifício maior" para conseguir toma

Circe Bonatelli (via Agência Estado)

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Escrito por Circe Bonatelli (via Agência Estado)
Publicado em 17.02.2025, 12:23:00 Editado em 17.02.2025, 12:29:50
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Mesmo com a subida dos juros nos últimos meses, os representantes das construtoras não acreditam que haverá aumento de rescisões de vendas (distratos) ao longo do ano, embora admitam que o comprador terá que fazer um "sacrifício maior" para conseguir tomar o financiamento bancário após a entrega das chaves.

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"No atual cenário, não há indicativo de crescimento de distratos", afirmou o economista Celso Petrucci, durante apresentação de pesquisa sobre lançamentos e vendas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Ele citou que os distratos recuaram em 2024 e mencionou que os bancos não têm deixado de conceder crédito para o comprador de unidades na planta. "Em nenhum banco há notícia de Plano Empresário crédito ao incorporador para bancar a obra que deixou de ser quitado por falta de repasse do consumidor pós-chaves", afirmou Petrucci.

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Em 2024, o setor teve recorde de venda de imóveis novos. Pela frente, porém, os compradores das unidades na planta vão se deparar com juros mais altos para tomar o financiamento após entrega das chaves.

"Isso, sim, vai exigir maior sacrifício das famílias. "O juro vai ser um pouquinho maior para quem comprou quando era 10% e agora é 12%, mas as pessoas não vão deixar de concluir o repasse por conta dessa maior dificuldade. E tenho certeza de que os incorporadores estão preparados para isso", disse Petrucci.

O presidente da CBIC, Renato Correa, afirmou que também não espera uma elevação dos distratos. Por outro lado, acrescentou que o cenário de crédito mais escasso e caro tende a elevar a seletividade dos bancos para concessão dos financiamentos. "O repasse pode demorar um pouquinho mais, mas não acredito que será um problema", afirmou.

O sócio e fundador da consultoria Brain, Marcos Kahtalian, observou que ainda que, em média, os financiamentos correspondem a cerca de 65% do valor total do imóvel. Ou seja, os consumidores têm pagado um valor médio de 35% do total como entrada e/ou na fase de obras. "Isso mostra o grande comprometimento na tomada de crédito, pois o consumidor já deu uma poupança elevada para o imóvel. É improvável ver aumento de distratos".

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