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Para Abras, cesta básica isenta é mais eficiente como distribuição de renda do que cashback

Uma cesta básica completamente isenta seria mais eficiente para a distribuição de renda do que a aplicação de um cashback, defendeu nesta quarta-feira o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Carlos Galassi. Ele ponderou que a

Marianna Gualter (via Agência Estado)

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Escrito por Marianna Gualter (via Agência Estado)
Publicado em 01.11.2023, 15:43:00 Editado em 01.11.2023, 15:46:47
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Uma cesta básica completamente isenta seria mais eficiente para a distribuição de renda do que a aplicação de um

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cashback

, defendeu nesta quarta-feira o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Carlos Galassi. Ele ponderou que a associação não se opõe à proposta do relator da reforma tributária no Senado, o senador Eduardo Braga, de criação de um

cashback

atrelado à cesta estendida. "A desoneração total da cesta básica seria muito mais benéfica para a população de baixa renda. O

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cashback

não atenderá uma parte da população vulnerável, onerando esse grupo com mais tributos por meio de produtos que eventualmente tenham aumento de preço com aumento da carga tributária", emendou o executivo. "Todo aumento de carga tributária sempre é repassado ao consumidor, ele que arca pagando mais caro." Galassi citou o exemplo da carne bovina. A depender do IVA estabelecido, se estiver na cesta isenta, o item pode ter redução de impostos; por outro lado, na ampliada, pode ter um aumento de impostos em até 30% do valor pago atualmente, pontuou. O presidente da Abras afirmou que a associação continuará trabalhando para apresentar dados para o governo durante o período de tramitação das leis complementares relacionadas ao texto, a fim de garantir equilíbrio para os consumidores e uma não oneração além do nível atual. Galassi participou de

live

junto com os economistas Roberto Giannetti da Fonseca, ex-secretário executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex) e ex-diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), e Paulo Rabello de Castro, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda na

live

, o economista Paulo Rabello de Castro apresentou um estudo realizado em conjunto com a associação sobre a relação entre o

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cashback

e a desoneração. Os dados não levam em consideração a proposta de uma cesta básica social e outra estendida, apresentada pelo parecer do senador Eduardo Braga, mas sim a possibilidade de desoneração total de 25 tipos alimentos, classificados como cesta básica, contra a possibilidade de não desoneração desses itens, mas aplicação de um

cashback

relacionado a tributação. O cálculo de Rabello indica que a desoneração dos itens resultaria em uma economia de R$ 26,3 bilhões por ano para as famílias. As duas classes de renda mais baixa ficariam com 32% do total da economia gerada e as três faixas de classe média acumulariam 57%. "Com uma alíquota cheia do IVA de 25% sendo imposta, quando falamos de

cashback

estamos falando de uma oneração de R$ 26,3 bilhões, de perda de poder aquisitivo, para depois haver uma remuneração." Nos cenários, a desoneração total, segundo Rabello, poderia acarretar aumento de 8,6% na quantidade consumida de alimentos e uma queda de 7,9% no preço dos alimentos. Já na hipótese sem desoneração, com IVA de 25% e somente

cashback

, poderia haver queda de 10,4% na quantidade consumida e alta de 11,6% nos preços.

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