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Pandemia e desemprego movimentam mercado de ensino profissionalizante

A pandemia, e a pressão do desemprego trazido por ela, tem movimentado o mercado de ensino profissionalizante e técnico no Brasil, além do segmento dos chamados "cursos livres", aqueles não regulados, destaca o Estadão. Com o País somando 14 milhões de de

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.01.2021, 13:00:00 Editado em 25.01.2021, 13:08:51
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A pandemia, e a pressão do desemprego trazido por ela, tem movimentado o mercado de ensino profissionalizante e técnico no Brasil, além do segmento dos chamados "cursos livres", aqueles não regulados, destaca o Estadão. Com o País somando 14 milhões de desempregados, o número de matrículas nesse tipo de ensino deu um salto diante da urgência do brasileiro de se recolocar ou de ingressar no mercado de trabalho.

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Além de mais alunos, esses cursos de duração mais curta e direcionados a uma determinada área têm atraído investidores, de olho em um mercado pouco desenvolvido e ainda muito pulverizado. Hoje, apenas 10% dos alunos que terminam o ensino médio no Brasil saem de cursos técnicos, porcentual muito abaixo da média dos países desenvolvidos. E a estimativa é que existam no território nacional mais de cinco mil escolas técnicas formais, sendo que 95% com menos de mil alunos - o que dificulta o cálculo da dimensão real desse segmento.

"São cursos rápidos, práticos, com baixo valor de investimento e que em pouco tempo oferecem o diploma ao profissional, que pode começar a realizar uma atividade nova, seja para mudar de ramo, complementar a renda ou ter rendimentos trabalhando por conta na informalidade em um momento como o atual, em que empregos estão escassos", comenta a diretora educacional da Escolas Argos, Mariana Carbone. Criada há quase quatro anos, a Argos já formou mais de 170 mil alunos, tem três unidades em São Paulo e na grade possui cursos como eletricidade, refrigeração e energia solar. No ano passado, as matrículas subiram 33%.

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Tendência

"O crescimento desse segmento é uma tendência enorme. O mercado vai aumentar ainda mais e também a oferta de cursos livres profissionalizantes, seguindo a tendência da educação online", explica o presidente da consultoria especializada em educação Hoper, William Klein.

Maior complexo privado de educação profissional e de serviços tecnológicos da América Latina, o Senai registrou no ano passado um aumento de 64% nas matrículas em cursos a distância em comparação com 2019. Até novembro foram 1,189 milhão de matrículas, respondendo por 61% do total. "Em geral, são jovens em busca do primeiro emprego e trabalhadores à procura de recolocação", afirma o gerente de Educação Profissional da instituição, Felipe Morgado.

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Na Conquer, empresa que se define como uma escola de negócios para a nova economia, com oito unidades físicas, que tinha 40 mil viu esse número se multiplicar de um ano para o outro. O aumento exponencial foi resultado da digitalização do negócio, com aulas 100% online, e da ampliação da grade com dez novos cursos. Fora isso, para reforçar sua presença no digital, a escola passou a ofertar dois cursos gratuitos: o de inteligência emocional e o de independência financeira, estratégia que fez o número de alunos se expandir rapidamente.

"A gente viveu um ano da digitalização, da transformação digital. Vemos a tendência e a necessidade de os profissionais estarem se movimentando e atualizando o seu conhecimento. Há uma grande procura por cursos que atendem a demandas dos novos mercados, como análise de dados e marketing digital", afirma Hendel Favrin, cofundador da escola.

Edtechs

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A procura chegou também às chamadas "Edtechs", como foram batizadas as startups do setor de educação, como a Descomplica, que recentemente lançou uma nova vertente de negócios voltada exatamente para os cursos livres e já tem observado aumento da demanda em saúde, tecnologia da informação, direito, proteção de dados e empreendedorismo digital. Em 2021, estão programados 12 cursos, número que vai crescer para 30 em 2022.

"Os cursos livres, por serem mais ágeis e atualizados, ajudam a formar profissionais e colaboram muito, também, com a atualização daqueles que já têm uma formação anterior, em qualquer nível", afirma o diretor Acadêmico da Descomplica, Francisco Borges. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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