Países em desenvolvimento bateram recorde e gastaram US$ 1,4 trilhão em pagamento da dívida externa, à medida que os custos de juros atingiram em 2023 o maior patamar em 20 anos, de acordo com Relatório de Dívida Internacional do Banco Mundial, publicado nesta terça-feira, 3. Segundo o documento, os pagamentos de juros aumentaram em quase um terço, a US$ 406 bilhões, fazendo com que os orçamentos para saúde, educação e meio ambiente de alguns países fossem mais limitados.
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Dados do Banco Mundial mostram que a pressão financeira foi ainda mais significativa para países mais pobres e vulneráveis, que podem pegar empréstimos da Associação Internacional de Desenvolvimento (AID) do Banco Mundial.
"À medida que as condições de crédito se estreitaram, o Banco Mundial e outras instituições multilaterais se tornaram a principal 'tábua de salvação' para as economias mais pobres", explica o relatório.
Segundo o documento, em países pobres altamente endividados, os bancos multilaterais estão agindo como um "credor de último recurso", o que acaba refletindo em um sistema de financiamento disfuncional: o dinheiro está saindo das economias pobres quando deveria estar entrando.
O Banco Mundial ainda explica que a pandemia da covid-19 aumentou drasticamente os encargos da dívida de todos os países em desenvolvimento.
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