O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta segunda-feira, 12, que a expectativa é que a tramitação do arcabouço fiscal seja concluída no Senado sem mudanças e que a proposta não precise voltar para a Câmara. Segundo Padilha, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem colocado agenda à disposição do Senado e faz conversas com o relator da matéria na Casa, Omar Aziz (PSD-AM). "Vamos trabalhar para que o que está na proposta da Câmara seja aprovado no Senado", acrescentou.
De acordo com Padilha, a reunião com ministros e líderes do Congresso foi para tratar sobre a pauta da Câmara e do Senado nas próximas duas semanas, já que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará viagens à França e à Itália na seguinte. No Senado, o ministro pontuou que a prioridade absoluta é do marco fiscal. Nesta quinta-feira, 15, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve se reunir com os líderes do Senado, Haddad e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, para serem apresentados mais detalhes sobre a proposta.
"Nossa expectativa é poder votar o mais rápido possível", declarou o ministro. "Consideramos que a aprovação do marco fiscal tem um peso importante para definição da regra de Diretrizes Orçamentárias", afirmou, em fala à imprensa após a reunião.
Ainda nesta semana no Senado, há expectativa da votação final do Minha Casa, Minha Vida, com uma nova vitória ao governo. Já a pauta principal na Câmara é a votação da Medida Provisória (MP) dos Mais Médicos. "Expectativa é votar o mais rápido possível", disse. Em meio às recentes derrotas e crise na articulação entre governo e Congresso, Padilha reiterou que Lula "acolhe" qualquer crítica do Congresso como parte da democracia.
Sabatinas
A avaliação do governo, segundo Padilha, é que os dois indicados ao Banco Central e o indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Cristiano Zanin, tenham suas sabatinas e votações no plenário encerradas até junho. "Zanin tem feito jantares, conversas com senadores, acompanhado o debate no Senado", declarou.
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