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Pacheco indica que PL da dívida dos Estados pode ficar para agosto

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), indicou que o projeto de lei de renegociação das dívidas dos Estados com a União pode ficar para agosto, diante da necessidade de se debater o texto com senadores e governadores nos próximos dias. "Vamos

Gabriel Hirabahasi e Amanda Pupo (via Agência Estado)

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Escrito por Gabriel Hirabahasi e Amanda Pupo (via Agência Estado)
Publicado em 09.07.2024, 12:17:00 Editado em 09.07.2024, 12:23:41
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), indicou que o projeto de lei de renegociação das dívidas dos Estados com a União pode ficar para agosto, diante da necessidade de se debater o texto com senadores e governadores nos próximos dias.

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"Vamos ter o tempo de discussão. Vamos fazer o maior esforço possível para que seja antes do recesso. Mas eventualmente, se necessário for passar para a gosto, não tem problema algum", afirmou o presidente do Senado nesta terça-feira, 9.

Pacheco disse que já se reuniu com governadores dos cinco Estados mais endividados (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Goiás) na semana passada e que se reunirá com governadores do Nordeste nesta semana. O encontro foi pedido pela governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, que representa o conjunto dos Estados do Nordeste.

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Questionado sobre quanto a União estaria abrindo mão de receber com essa renegociação das dívidas, Pacheco estimou algo até R$ 28 bilhões ao ano.

"Por ano, se são R$ 700 bilhões de estoque e a União deixa de arrecadar 4%, seriam R$ 28 bilhões ao ano. Mas na verdade a União não está recebendo. A União finge que recebe, o Estado finge que paga e a dívida vai aumentando. Estamos dando uma forma de equalização", argumentou.

Travas mais severas

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Rodrigo Pacheco também disse que o Ministério da Fazenda sugeriu travas mais severas no projeto de renegociação das dívidas dos Estados para garantir o pagamento dos débitos. Esses dispositivos, porém, não foram incluídos por Pacheco, que disse que a exclusão dos Estados do programa de renegociação seria a pior punição possível.

"Nós acreditamos que a maior consequência é ser excluído do programa e voltar a ter indexador de 4% de juros (mais IPCA). Estado vai se esforçar, entregar ativos, organizar finanças e estar adimplentes. A União tem que compreender que tem que dar diretrizes, que maior efeito será do programa e não pode querer o Poder Executivo federal entrar em questões de gestão dos Estados, porque trava as possibilidades do Estado de alternativas de investimentos", disse Pacheco.

Segundo o presidente do Senado, "nem tudo o que o governo quis foi inserido no projeto, nem o que os governadores queriam".

Pacheco confirmou, ainda, que o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), será o relator do projeto de lei. "Espero muita colaboração dos governadores, dos vice-governadores, das assembleias legislativas, dos meus colegas senadores e também do governo federal, por meio do Ministério da Fazenda, para que agora possa ser feito o debate e diálogo necessário para poder ter um texto final a ser levado para o plenário", afirmou.

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