O contrato futuro mais líquido do ouro fechou em leve queda nesta sexta-feira, 5, praticamente estável, em meio a incertezas sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), com investidores divididos entre um payroll que mostrou resiliência do mercado de trabalho e uma leitura decepcionante de índice de gerentes de compras (PMI) de serviços.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro de 2024 ficou praticamente estável, a US$ 2.049,80 por onça-troy. Na semana, entretanto, o ouro teve queda de 1,06%.
Após divulgação do payroll, a ferramenta FedWatch do CME Group apontou redução nas chances de que o início de flexibilização monetária irá começar em março. A possibilidade, entretanto, voltou a superar 70% após o Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) apontar que os serviços ficaram aquém do esperado em dezembro. No meio desse vaivém, o ouro oscilou entre ganhos e perdas ao longo do dia.
Entretanto, na visão do TD Securities, independente de quando será o início dos corte de juros do Fed, os traders estão significativamente subinvestidos em ouro em relação aos análogos históricos antes de um ciclo de cortes do Fed. "Na verdade, a nossa análise de posicionamento avançada sugere que os traders discricionários apenas aumentaram marginalmente o seu comprimento líquido no metal, uma vez que o presidente do BC americano, Jerome Powell, expressou um tom mais dovish durante a última reunião do Fed."
O banco canadense alerta para a possibilidade de uma quebra abaixo de US$ 2.025 por onça-troy, o que desencadearia liquidações em grande escala.
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