O contrato mais líquido do ouro fechou perto da estabilidade nesta terça-feira, 2, começando um ano que promete ser de atenções às posturas dos principais bancos centrais. Após uma forte alta em 2023, analistas observam espaço para a commodity continuar sua trajetória de ganhos, impulsionada especialmente por cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed). Por outro lado, uma maior demora para a redução das taxas do que a antecipada pelo mercado pode pesar nos preços. Nesta semana, o payroll de dezembro nos Estados Unidos, que será divulgado na sexta-feira, promete ser um dos primeiros grandes catalisadores para o ouro em 2024.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro de 2024 fechou em alta de 0,08%, a US$ 2.073,40 por onça-troy.
O analista Craig Erlam da Oanda aponta que a segunda metade do mês passado foi muito promissora para o ouro devido às expectativas de taxas de juro mais baixas e aos dados econômicos favoráveis. "Os traders podem agora estar se perguntando se os investidores se deixaram levar ou se o que agora parece agressivo se revela exatamente o oposto", avalia. A inflação acelerou muito mais rapidamente do que se esperava e poderá também ultrapassar os limites durante a descida, forçando os bancos centrais a reduzir as taxas muito mais rapidamente do que o esperado, sugere o analista.
Para o TD Securities, com os investidores apostando no primeiro corte total do Fed em março e em mais de 150 pontos base de cortes em 2024, os preços do ouro já parecem estar sendo negociados de forma consistente com a noção de cortes iminentes. No entanto, os traders exigirão que os dados econômicos enfraqueçam materialmente para iniciarem os preços num ciclo de corte mais profundo, consistente com uma perspectiva recessiva, pondera.
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