O ouro fechou em queda nesta terça-feira, 7, sinalizando consolidação dos preços. Em semana com poucos catalisadores macroeconômicos, investidores do metal acompanham comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed).
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em baixa de 0,30%, a US$ 2.324,20 a onça-troy.
Em relatório, a Bannockburn estima que a queda do ouro neste pregão ainda está em linha com a faixa de consolidação de preços do metal precioso, calculada entre US$ 2.275 a US$ 2.235 a onça-troy.
Economista-chefe de Mercados da Spartan Capital, Peter Cardillo avalia que o cenário geopolítico é a razão principal para o "estágio de reversão" nos preços do ouro e da prata, que fechou em queda de 0,24%, a US$ 27,303 por onça-troy na Comex. Por outro lado, alguns fundamentos continuam apoiando os metais, como a compra de ouro por consumidores chineses, aponta Cardillo.
Para o TD Securities, há espaço limitado para uma "queda contínua" dos preços do metal amarelo, com a possibilidade de um ambiente macroeconômico mais favorável atrair capital de larga escala para o ativo.
Já a Capital Economics acredita que o recente rali do ouro parece ter sido excessivo e os preços elevados devem servir justamente como empecilho para nova tendência de alta. "Duvidamos que o metal receba suporte adicional, por exemplo, de expectativas sobre o relaxamento monetário do Federal Reserve", prevê.
Hoje, o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, evitou descartar a possibilidade de alta dos juros e afirmou que se o cenário atual - de inflação elevada e resiliência econômica - persistir, é melhor que os dirigentes não "façam nada" e deixem as taxas inalteradas. Os comentários ajudaram a fortalecer o dólar no exterior, o que também tende a diminuir a atratividade de commodities, incluindo o ouro, para detentores de outras moedas.
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