O ouro fechou em queda nesta terça-feira, 2, diante de temores de uma manutenção prolongada nos juros do Federal Reserve (Fed). Em evento, o presidente do BC americano, Jerome Powell, reiterou que ainda é necessário obter confiança na queda da inflação, enquanto um indicador do mercado de trabalho veio mais forte que o esperado.
O ouro para agosto fechou em queda de 0,24%, em US$ 2.333,40 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
O ouro operou em alta durante parte da manhã, mas reverteu ganhos à medida que investidores ponderavam sobre o cenário macroeconômico. Entre os diversos catalisadores, pesaram comentários de Powell, durante painel no Fórum do Banco Central Europeu (BCE). O presidente do BC americano reconheceu o progresso da desinflação nos EUA, mas alertou que ainda é necessário esperar até que os dirigentes do Fed tenham confiança para cortar juros.
Ainda, o relatório de abertura de vagas de emprego (Jolts) nos EUA teve resultado maior que o esperado em maio. Sinais de resiliência da economia americana tendem a apoiar expectativas por uma postura mais rígida do Fed.
Para o Commerzbank, o BC americano não deverá cortar juros até dezembro, ao contrário das expectativas do mercado de uma redução em setembro ou novembro. Se confirmado, este cenário deve limitar o potencial de alta do ouro e pode até reverter as "posições compradas líquidas" atualmente elevadas, caso o mercado se decepcione com o atraso na flexibilização monetária do Fed.
Já o TD Securities nota, em relatório, a demanda da Ásia parece permanecer forte e deve apoiar os preços do ouro, deixando os investidores de metais preciosos à margem enquanto esperam por sinais de relaxamento monetário do BC americano.
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