O ouro fechou em leve alta nesta segunda-feira, 11, renovando a máxima histórica alcançada na semana passada. Contudo, analistas apontam que o rali deverá ter fôlego curto e será dependente de dados macroeconômicos, como o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA, a ser divulgado na terça-feira, 12.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril encerrou o pregão com alta de 0,14%, a US$ 2.188,6 a onça-troy, novo maior nível de fechamento.
O prêmio de risco nos mercados de ouro está se deteriorando, após o rali acentuado da semana passada, observa o TD Securities.
"Os preços do ouro podem até se consolidar mais, porém, ganhos adicionais terão dependência maior no cenário macro, reduzindo o prêmio de risco", ponderou o banco de investimentos, em relatório.
Estrategista de Mercados Financeiros na Exness, Wael Makarem afirmou que o CPI dos EUA será "crucial" para o mercado de metais preciosos na terça-feira, pela possibilidade de definir o caminho para os cortes de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Na visão dele, uma leitura suave do CPI, riscos geopolíticos e preocupações com o crescimento global são fatores com grande potencial de elevar ainda mais os preços do ouro.
Por outro lado, a Heraeus argumenta que é cada vez mais difícil identificar os motivos por trás do rali do ouro, tendo em vista que o adiamento das expectativas de cortes de juros pelo Fed para junho e um sentimento de "aversão ao risco" não explicam sozinhos as flutuações dos preços.
A multinacional alemã avalia que, a primeira vista, parece que o ouro se beneficiou de uma "fase de comprar tudo nos mercados financeiros". "Claramente, o ouro tem conseguido encontrar compradores dispostos", afirmou, em comentário a clientes.
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